Venezuela agradece à Rússia a "solidariedade e comunicação constante"
- 07/11/2025
Para Caracas esta decisão dos EUA é uma ameaça para o seu país.
"Agradecemos especialmente a solidariedade e a comunicação constante dos nossos pares russos na situação atual e reiteramos o nosso apelo ao respeito pelo direito internacional, ao direito à autodeterminação e à soberania nacional", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros venezuelano, Yván Gil, numa mensagem publicada no Telegram.
O chefe da diplomacia venezuelana também valorizou os "constantes esforços" da Rússia para denunciar as "ameaças belicistas no mar das Caraíbas que apontam diretamente para a Venezuela, enquanto civis continuam a ser vítimas de bombardeamentos a pequenas embarcações".
Na quarta-feira, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguéi Riabkov, assegurou que o seu país e a Venezuela mantém nestes dias todos os canais de contacto abertos, devido à escalada de tensões entre Caracas e Washington.
Riabkov, citado pela agência Interfax, realçou que o "desdobramento injustificado" de forças norte-americanas na região das Caraíbas está a gerar "grandes tensões" e que a responsabilidade disso recai inteiramente sobre Washington.
O Kremlin evitou, no dia anterior, comentar se a Rússia oferecerá ajuda militar à Venezuela no caso de haver um ataque dos Estados Unidos, após informações sobre um alegado pedido de Caracas de fornecimento de mísseis, radares e aviões.
A Administração do presidente norte-americano, Donald Trump, reconheceu perante o Congresso que, por enquanto, não pode justificar legalmente um futuro ataque dos EUA à Venezuela e afirmou que, por ora, não está a planear incursões naquele país no âmbito da sua campanha militar contra o narcotráfico, noticiaram hoje os meios de comunicação.
Os secretários de Estado dos EUA, Marco Rubio, e da Defesa, Pete Hegseth, deram na quarta-feira detalhes aos legisladores sobre os planos da campanha contra o tráfico de drogas de Trump, que ordenou quase duas dezenas de ataques a lanchas, alegadamente ligadas ao narcotráfico, nas regiões das Caraíbas e no Pacífico nos quais morreram mais de 60 pessoas.
Na reunião, onde também participaram membros do Departamento de Justiça, especificaram que a "ordem de execução" que deu início em setembro à operação anti drogas em águas internacionais, próximas às costas da Venezuela, nas Caraíbas, e da Colômbia, no Pacífico, não se estende a alvos terrestres.
Altos responsáveis norte-americanos não descartaram a possibilidade de ações militares contra instalações e líderes de cartéis dentro da Venezuela no futuro, segundo declararam testemunhas à cadeia CNN.
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