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Vendas da Renault crescem. Elétricos e híbridos são quase 44% do total
- 23/10/2025
A Renault faturou mais 5,1 por cento em termos comparáveis até setembro, e 3,7 por cento em termos brutos. Os dados revelados esta quinta-feira (23 de outubro) mostram um peso preponderante da venda de veículos elétricos.
De julho a setembro, o grupo francês registou um volume de negócios de 11.426 milhões de euros, mais 6,8 por cento em termos homólogos absolutos e um aumento comparável de 8,5 por cento (se descontado o efeito das variações cambiais), acelerando o crescimento num contexto de aumento das vendas de carros elétricos.
No terceiro trimestre, as vendas de veículos aumentaram 9,8 por cento, para 529.486 unidades, com os veículos particulares a progredirem 13,2 por cento, para 449.462 unidades, e os utilitários a recuarem 6,1 por cento, para 80.024.
Entre janeiro e setembro, as vendas globais aumentaram 3,8 por cento, para 1.698.964 veículos, tendo-se mantido a mesma tendência de aumento dos veículos particulares (mais 8,8 por cento, para 1.450.790), combinada com uma quebra dos utilitários (menos 18,4 por cento, com 248.174).
Por marcas, a Renault comercializou 1.169.806 veículos, um crescimento de 3,8 por cento, enquanto a Dacia vendeu 521.387 (mais 4,1 por cento) e a desportiva Alpine 7.394 (mais 121,2 por cento).
A Renault destacou que, nos primeiros nove meses deste ano, a comercialização de veículos elétricos (puramente elétricos e híbridos) aumentou 58,6 por cento, representando 43,9 por cento do total. No terceiro trimestre, o peso destes veículos eletrificados foi de 44 por cento.
Os elétricos representaram 12,7 por cento das vendas entre janeiro e setembro, mais de cinco pontos percentuais acima do mesmo período de 2024, sendo este peso de 13,5 por cento se considerado apenas o terceiro trimestre.
Já a progressão dos híbridos foi ainda mais intensa, de oito pontos percentuais, para 30,4% nos primeiros nove meses do ano.
Desempenho por mercado
No mercado interno francês, as vendas da Renault caíram dois por cento entre janeiro e setembro, para 392.802 veículos, tendo também recuado, 7,9 por cento, no segundo mercado mais importante da marca: o italiano, para 144.349 unidades.
Já em Espanha, o terceiro principal mercado da Renault, registou-se um aumento de 18,7 por cento, para 127.731 veículos.
Na América Latina, o grupo francês registou 92.873 unidades vendidas no Brasil (mais 0,4 por cento) e 48.192 na Argentina (mais 82 por cento).
O diretor financeiro do grupo Renault, Duncan Minto, reiterou que o fabricante francês continua "totalmente comprometido com a sua estratégia de valor, mais do que volume, e continua a executar rigorosamente o seu plano de redução de custos".
No entanto, sobre esta última questão, em declarações aos meios de comunicação social, Minto não quis confirmar as informações que surgiram na imprensa nas últimas semanas sobre um possível corte de 3.000 postos de trabalho.
Por outro lado, confirmou os objetivos financeiros para o conjunto do ano, que passam por uma margem operacional em torno de 6,5 por cento e um 'cash flow' (fluxo de caixa) entre 1.000 e 1.500 milhões de euros.
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