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Ucrânia? UE receia que "pressão" seja exercida sobre "lado mais fraco"
- 02/12/2025
"Tenho o receio de que toda a pressão venha a ser exercida sobre o lado mais fraco, uma vez que a rendição da Ucrânia é a maneira mais fácil de acabar com esta guerra", disse a alta representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Kaja Kallas, em conferência de imprensa em Bruxelas.
Na terça-feira, o Presidente russo, Vladimir Putin, vai encontrar-se com Steve Witkoff, o enviado especial do Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, para as negociações de paz do conflito na Ucrânia, iniciado com uma invasão da Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
No final de uma reunião ministerial com os ministros da Defesa dos 27 países do bloco comunitário europeu, Kaja Kallas alertou que o objetivo é acabar com a guerra, impedindo que "recomece daqui a uns anos".
"Se queremos impedir esta guerra de alastrar [a outros países e regiões], devemos exercer toda a pressão sobre o agressor, ou seja, a Rússia", advertiu.
A reunião entre o negociador da Casa Branca e Vladimir Putin vai realizar-se em Moscovo, depois de reuniões entre as autoridades ucranianas e dos EUA, durante o fim de semana.
A proposta de cessar-fogo com vista a uma paz foi apresentada por Donald Trump e tinha 28 pontos iniciais, que incluíam a cedência à Rússia dos territórios ucranianos que ocuparam desde 2022 e também a península da Crimeia (ocupada desde 2014), assim como uma redução para praticamente metade do número de militares nas Forças Armadas da Ucrânia.
A União Europeia está a ser excluída de todo o processo pelos Estados Unidos da América.
Não só Kaja Kallas, mas também a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, António Costa, criticaram a decisão de Washington de excluir a UE de decisões que terão como uma das consequências uma nova configuração da arquitetura de segurança no continente europeu.
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