Trump mantém TikTok disponível nos EUA até 16 de dezembro
- 16/09/2025
A ordem executiva hoje assinada pelo Presidente contorna pela quarta vez a lei federal ao prolongar o prazo para o TikTok, do grupo chinês ByteDance, vender os seus ativos a uma empresa norte-americana ou ser banido, o que chegou a acontecer brevemente antes da tomada de posse de Trump.
Segundo uma lei aprovada pelo Congresso em 2024, o TikTok está, em princípio, sujeito a uma proibição no país até a empresa-mãe chinesa abrir mão do seu controlo, e apenas os decretos de Trump têm permitido que continue a operar.
Essa legislação visa impedir que as autoridades chinesas tenham acesso aos dados pessoais dos utilizadores norte-americanos do TikTok ou possam influenciar a opinião pública do país por meio do poderoso algoritmo da rede social, o que a empresa e o governo chinês rejeitam corresponder à realidade.
O prazo para que a rede social encontre um comprador não chinês, sob pena de ser banido do mercado norte-americano, era 17 de setembro, após a terceira prorrogação desse prazo feita por Trump.
Depois de o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, ter anunciado na segunda-feira que Washington e Pequim acordaram que o TikTok tenha um dono norte-americano, Trump disse hoje que diversos investidores querem comprar a aplicação de redes sociais e que seriam anunciados em breve detalhes sobre os seus potenciais pretendentes.
"Detesto ver valor como este atirado pela janela", disse Trump antes de partir para uma visita de Estado ao Reino Unido.
O presidente norte-americano irá discutir na sexta-feira o assunto numa conversa telefónica com o presidente chinês, Xi Jinping.
Após dois dias de negociações na capital espanhola, China e os EUA chegaram a um acordo sobre o TikTok que inclui a transferência da plataforma para o controlo norte-americano.
Bessent referiu que foi acordado que o Tiktok passe a ter "um dono sob propriedade americana", mas escusou-se a adiantar pormenores até à conversa entre Trump e Xi.
O vice-ministro do Comércio chinês, Li Chenggang, confirmou o acordo alcançado com Washington e assegurou que é de "interesse mútuo".
"A razão porque a China aceitou um consenso sobre o TikTok é porque, com base na nossa avaliação, concluímos que tal consenso é do nosso interesse mútuo", disse Li numa conferência de imprensa.
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