Trump exige que Senado prossiga trabalhos até fim da paralisação estatal
- 08/11/2025
"O Senado dos Estados Unidos não deve suspender trabalhos até que se chegue a um acordo para acabar com a paralisação democrata. Se não conseguirem chegar a um acordo, os republicanos devem acabar com o obstrucionismo IMEDIATAMENTE e cuidar dos nossos grandes trabalhadores americanos", escreveu Trump na sua conta na rede Truth Social.
A câmara alta do Congresso realiza nas próximas horas mais uma votação sobre a proposta republicana de reabrir o governo federal, que já foi rejeitada 14 vezes, sendo reduzidas as expetativas de aprovação.
Sendo necessários 60 votos para aprovar as medidas, os republicanos precisam de apoio de mais cinco democratas, além dos que já votaram favoravelmente a sua anterior proposta de financiamento geral temporário.
O líder democrata no Senado, Chuck Schumer, tem feito repetidos apelos a Trump para que se sente à mesa com os democratas, o que o Presidente tem ignorado.
Um número considerável de senadores quer uma solução para o impasse sobre o financiamento dos subsídios da Lei de Acesso à Saúde (Affordable Care Act ou Obamacare), que expiram no final do ano.
Os democratas e alguns republicanos também estão a pressionar por mecanismos de salvaguarda para impedir a prática da administração Trump de cortar unilateralmente verbas para programas que o Congresso já tinha aprovado.
Um acordo negociado nos últimos dias entre moderados dos dois partidos permitiria restabelecer financiamento a algumas agências que gerem programas consensuais.
O pacote bipartidário proposto financiaria por um ano, nomeadamente, programas de ajuda alimentar, de militares veteranos e tribunais, além de estender o financiamento estatal geral até dezembro ou janeiro.
Apesar das negociações nos últimos dias no Congresso sobre um acordo para financiar agências estatais paralisadas, democratas e republicanos divergem ainda significativamente sobre como acabar com uma paralisação.
Na sexta-feira, os republicanos no Senado rejeitaram uma proposta dos democratas para acabar com a paralisação, envolvendo manter por um ano os subsídios da Lei Obamacare.
No 38º dia de paralisação, o líder da maioria no Senado, John Thune, rejeitou prontamente a oferta dos democratas, classificando-a como inviável, exigindo primeiro que seja aprovado o financiamento de forma a reabrir o governo.
Chuck Schumer propôs aos senadores republicanos um acordo que permitiria reabrir o governo federal em troca da prorrogação dos subsídios do Obamacare.
"Os democratas estão dispostos a abrir caminho para a rápida aprovação de um projeto de lei de financiamento governamental que inclua o Obamacare", declarou Schumer no plenário.
Dentro e fora do Capitólio, tem vindo a aumentar a pressão para o fim da paralisação, incluindo de sindicatos, face à suspensão ou falta de pagamento a centenas de milhares de funcionários federais, cancelamento de voos em aeroportos e, desde os últimos dias, interrupção do Programa de Assistência Nutricional Suplementar (SNAP) para 42 milhões de norte-americanos de baixos rendimentos.
Segundo a AP, que cita fontes próximas das negociações, os republicanos sugeriram nas negociações que poderiam aceitar incluir num acordo final uma cláusula que reverteria algumas demissões em massa de funcionários públicos ordenadas pela Casa Branca.
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