Tribunal Supremo pede julgamento de ex-ministro de Sánchez por corrupção
- 03/11/2025
Em causa está o ex-ministro dos Transportes José Luis Ábalos, que foi também "número 3" do Partido Socialista espanhol (PSOE), liderado por Pedro Sánchez.
Ábalos, um ex-assessor, Koldo García, e um empresário, Victor de Aldama, começaram a ser investigados no ano passado por suspeitas de corrupção na compra de material sanitário durante a covid-19.
Nessa época, José Luis Ábalos era ainda ministro e, depois de ter saído do Governo, em julho de 2021, passou a ser deputado no parlamento nacional, onde se mantém, pelo que a investigação do caso competiu ao Tribunal Supremo.
Este processo, e à medida que foram sendo recolhidas provas, documentos e testemunhos, foi alargado a outras suspeitas de corrupção na cúpula do PSOE, relacionadas com eventuais comissões na adjudicação de obras públicas.
Nesta parte alargada do caso, são alvo da investigação Ábalos, Koldo García e Santos Cerdán, que em julho de 2021 sucedeu a ex-ministro na direção do PSOE e foi até junho passado "número 3" de Sánchez no partido e deputado. Está em prisão preventiva por causa deste caso desde junho.
O Tribunal Supremo separou entretanto as duas partes do caso e o juiz responsável pelos processos deu agora por terminada a investigação relativa à compra de máscaras durante a pandemia, pedindo o julgamento de José Luis Ábalos, Koldo García e Victor de Aldama, segundo um comunicado divulgado hoje.
O juiz pede o julgamento dos três acusados por suspeita de "suborno, pertença a organização criminosa e tráfico de influências e peculato" no processo que investigou "contratos irregulares de máscaras durante a pandemia", lê-se no mesmo comunicado.
Ábalos foi ministro entre 2018 e 2021 e, perante as suspeitas de corrupção, foi expulso do PSOE em 2024.
Santos Cerdán foi o "número 3" do PSOE entre 2017 e junho passado e foi também o homem que negociou com os independentistas catalães a amnistia que assegurou a reeleição de Sánchez como primeiro-ministro em 2023.
O caso de Santos Cerdán abriu em junho passado uma crise em Espanha que analistas, dirigentes partidários e imprensa chegaram a considerar quase unanimemente que colocava em risco a sobrevivência política de Pedro Sánchez.
O primeiro-ministro e líder do PSOE reconheceu haver "indícios muito graves" de corrupção envolvendo Cerdán, um dos seus homens de confiança, e pediu desculpa e perdão aos espanhóis e aos militantes do partido, mas tem reiterado que o PSOE é "uma organização limpa" e que não há suspeitas de financiamento ilegal do partido.
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