Três portugueses condenados a perpétua no Luxemburgo
- 11/12/2025
Os três portugueses acusados do homicídio de Marco Santos foram condenados a pena perpétua no Luxemburgo, segundo avançou o Correio da Manhã, esta quarta-feira. Um quarto acusado, este apenas por conspiração criminosa, foi absolvido.
Recorde-se que o Ministério Público do Luxemburgo tinha pedido prisão perpétua para três emigrantes portugueses julgados naquele país, suspeitos de terem participado numa alegada conspiração familiar que culminou na morte do também emigrante português Marco Santos.
O corpo do homem foi encontrado, em agosto de 2021, na margem do rio Mondego, na Figueira da Foz. A vítima tinha 40 anos.
O que inicialmente se pensava ter tratado de um afogamento viria a concluir-se que se tratava de um crime. Marco tornou-se no alvo de uma conspiração familiar, liderada pela sua companheira, pela sogra, pelo namorado da sogra e o seu enteado (o único absolvido).
Agora, Rosa, Maria Clara e João foram condenados a prisão perpétua no Luxemburgo. Já o filho mais velho, Marco António, que estava acusado de conspiração, foi absolvido.
Segundo a acusação, na noite de 3 de agosto, Marco foi envenenado com uma mistura de inseticida e licor e, posteriormente, levado ainda vivo para o rio Mondego, onde acabou por morrer numa combinação de envenenamento e afogamento.
O médico legista responsável pela autópsia confirmou no julgamento que Marco "estava vivo quando caiu da água" e "poderia ter sobrevivido apenas ao envenenamento", mas não teve forças para lutar.
A acusação alegava que "Rosa foi a instigadora" e "força matriz" do crime, enquanto a mãe "foi quem teve a ideia do veneno". João, por sua vez, terá misturado o veneno com o álcool
Já Marco António, enteado de Marco, teve "um papel menos ativo", apesar de estar "ciente da situação" e, por isso, encontra-se em liberdade. Agora, o Ministério Público pede a sua absolvição.
Durante o julgamento, aponta o Virgule, os três portugueses envolvidos no crime apresentaram versões diferentes do que aconteceu e João chegou a acusar Rosa e Maria Clara de estarem a mentir. "Essas duas estão sempre a inventar", atirou.
Também a irmã da vítima, que descreveu os quatro suspeitos como "monstros" e defendeu que deviam estar a "sofrer mais" do que o irmão, contou que Rosa "nunca fazia nada em casa" e que Marco "era escravo dela".
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