Sudão teve 4 em cada 5 mortes em ataques a serviços de saúde em 2025

  • 20/12/2025

Segundo a OMS, este ano houve 65 ataques a instalações e profissionais de saúde no Sudão, que causaram a morte de 1.620 pessoas e feriram outras 276.

 

O número de vítimas mortais representa "mais de 80% de todas as mortes decorrentes de ataques a serviços de saúde verificadas pela OMS em emergências humanitárias complexas em todo o mundo em 2025", destacou a organização.

Desde o início do conflito sudanês, entre o grupo paramilitar das Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla inglesa) e o exército, a OMS verificou 201 ataques a serviços de saúde no Sudão, que resultaram em 1.858 mortes e 490 feridos.

"Os ataques contra os serviços de saúde no Sudão estão a tornar-se cada vez mais mortíferos, prejudicando ainda mais o acesso aos cuidados médicos quando mais são necessários», lamentou no comunicado o responsável pela missão da OMS no país, Shible Sahbani.

O último ataque ocorreu, em 14 de dezembro, num hospital na região sudanesa de Kordofan do Sul, onde nove profissionais de saúde morreram e 17 ficaram feridos, lembrou a organização.

No início do mês de dezembro, um jardim de infância e o hospital rural de Kalogi, em Kordofan do Sul, foram atingindos pelos ataques, o que resultou em 114 mortos, incluindo pelo menos 60 crianças, e 35 feridos.

A OMS também denunciou a detenção de pelo menos 70 profissionais de saúde em Nyala, no Darfur do Sul (oeste), nos últimos meses, e o sequestro de seis profissionais de saúde em Al-Fashir e localidades vizinhas em novembro.

De acordo com a organização das Nações Unidas, em outubro, ocorreram "múltiplos ataques a instalações de saúde em Al-Fashir", cidade estratégica tomada pelos paramilitares, incluindo ataques direcionados a uma maternidade, onde morreram mais de 460 pessoas, entre as quais pacientes e familiares.

A organização apelou ainda à "suspensão imediata dos ataques contra civis, profissionais de saúde, instalações de saúde e operações humanitárias no Sudão" e instou "todas as partes a garantirem o acesso humanitário seguro, rápido e sem impedimentos", de acordo com o direito internacional humanitário.

O Sudão mergulhou num conflito em 15 de abril de 2023, quando uma luta pelo poder entre os militares e as RSF eclodiu, com assassínios e violações em massa generalizados, e violência motivada por questões étnicas, o que constitui crimes de guerra e crimes contra a humanidade, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU) e grupos internacionais de direitos humanos.

Segundo dados da ONU, a guerra já matou mais de 40 mil pessoas, mas grupos humanitários afirmam que este número está subestimado e que o número real pode ser muito maior.

O conflito criou a maior crise humanitária do mundo, com mais de 14 milhões de pessoas deslocadas, surtos de doenças e fome a espalhar-se por partes do país.

Leia Também: Ataque em campo de deslocados no Sudão matou mais de mil pessoas em abril

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2907439/sudao-teve-4-em-cada-5-mortes-em-ataques-a-servicos-de-saude-em-2025#utm_source=rss-mundo&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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