Seul promete procurar repatriação de cidadãos detidos na Coreia do Norte
- 04/12/2025
"Resolveremos o problema esforçando-nos para retomar rapidamente o diálogo intercoreano com base no consenso nacional", afirmou o gabinete presidencial, numa resposta que ficou pendente na quarta-feira numa conferência de imprensa do Presidente sul-coreano, Lee Jae-myung, na qual o chefe de Estado reconheceu não estar a par do assunto.
Os seis cidadãos incluem três norte-coreanos que desertaram para a Coreia do Sul. Os outros três são missionários detidos pelas autoridades norte-coreanas entre 2013 e 2014, nomeadamente Kim Jung-wook, Kim Kook-kie e Choi Chun-gil.
O gabinete presidencial não revelou a identidade dos três desertores norte-coreanos para proteger a segurança das famílias no Norte e evitar que sofram sanções por associação, normalmente aplicadas por Pyongyang.
"Como as conversações e os intercâmbios intercoreanos estão suspensos há muito tempo, o sofrimento do nosso povo continua e a questão precisa de ser resolvida com urgência", acrescenta o comunicado, citado pelo The Korea Herald.
Seul solicitou a libertação dos missionários em março, ainda sob a vigência do Governo sul-coreano anterior, a pedido do Ministério da Unificação, depois de um grupo de trabalho das Nações Unidas ter classificado as detenções como ilegais.
A última vez que o tema dos sul-coreanos detidos foi discutido abertamente entre as duas partes foi no âmbito da cimeira intercoreana de 2018, entre o então presidente sul-coreano Moon Jae-in e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, e nas conversações de alto nível realizadas no mesmo ano.
"Como resultado, chegou-se a um ponto muito próximo da libertação [dos detidos]. Kim Jong-un chegou mesmo a prometer ao então presidente Moon: "Farei tudo o que estiver ao meu alcance para [a libertação dos detidos]", recordou hoje o deputado Yoon Geon-young, que na altura época era diretor da Sala de Situação presidencial sul-coreana.
Kim explicou que, após a cimeira fracassada de Hanói entre Pyongyang e Washington, em 2019, e a pandemia da Covid-19, as relações intercoreanas deterioraram-se, "por isso não foi possível obter um resultado".
"A razão pela qual não pudemos informar publicamente os cidadãos sobre esta situação naquele momento era simples: em assuntos como a libertação de detidos, se o processo for tornado público, pode afetar negativamente o resultado, dependendo do caso", acrescentou.
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