Rússia justifica testes de novas armas com "histeria militarista" da Europa
- 30/10/2025
"Se não existisse a ameaça proveniente da Europa, então, claro, não seriam necessárias medidas adicionais de defesa", afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, à imprensa russa, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).
As forças armadas russas testaram com êxito em 21 de outubro o míssil de cruzeiro Burevestnik e o drone submarino Poseidon, ambos de propulsão nuclear.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que o novo míssil tem um "alcance limitado" e descreveu o drone submarino como um "sistema promissor".
A presidência da Bielorrússia disse na terça-feira que o sistema de mísseis balísticos hipersónicos Oreshnik será colocado em serviço operacional no país vizinho da Rússia e da Ucrânia em dezembro.
O porta-voz do Kremlin considerou que a "histeria militarista" e os sentimentos antirrussos que disse existirem na Europa não desaparecerão a curto prazo.
"Basta ouvir atentamente, durante um dia, as declarações provenientes das capitais do Báltico, Polónia, Paris e Londres, para perceber a importância dos [mísseis] Oreshnik", afirmou.
Peskov disse que os testes com os drones submarinos Poseidon se realizaram "em conformidade com todas as regras internacionais".
"O Poseidon é uma tecnologia totalmente nova, um novo passo no que diz respeito à garantia da segurança do país", disse Peskov, segundo o qual a tecnologia do drone submarino também pode ser usada para "fins pacíficos".
Putin disse hoje, durante uma visita a um hospital militar, que a potência do Poseidon "supera significativamente" a do míssil intercontinental Sarmat, capaz de transportar de 10 a 15 ogivas nucleares com orientação individual.
"Além disso, pela velocidade, pela profundidade em que navega, este aparelho [Poseidon] não tem análogos no mundo e dificilmente terá em breve", afirmou o líder russo.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apelou recentemente a Putin para que cessasse os testes de mísseis e pusesse fim, de uma vez por todas, à guerra na Ucrânia, que a Rússia invadiu em fevereiro de 2022.
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