Retomados voos com imigrantes venezuelanos deportados dos EUA
- 04/12/2025
A Venezuela tinha reautorizado na terça-feira a chegada de aviões dos Estados Unidos com migrantes indocumentados deportados.
O regresso dos migrantes venezuelanos, iniciado em fevereiro, continua desta forma, apesar das tensões entre os dois países devido ao envio de tropas norte-americanas para as Caraíbas, ordenado em agosto por Trump.
Os Estados Unidos tinham anunciado a suspensão deste voo, salientou o ministro dos Negócios Estrangeiros da Venezuela, Yvan Gil, que esteve presente na aterragem da aeronave, em declarações aos jornalistas.
Mas, "há alguns dias", voltaram a solicitar a permissão para o organizar, e o Presidente Nicolás Maduro deu "imediatamente a sua aprovação", acrescentou.
Este é o 76.º voo dos Estados Unidos e o 95.º, incluindo repatriamentos do México. Cerca de 18.354 venezuelanos foram repatriados desde o início de 2025, incluindo 14.407 dos Estados Unidos.
Antes da breve suspensão, a companhia aérea norte-americana Eastern Airlines operava dois voos semanais para a Venezuela, às quartas e sextas-feiras.
Yvan Gil reiterou que o aeroporto estava a funcionar normalmente, apesar do alerta emitido pelas autoridades de aviação norte-americanas devido ao aumento da atividade militar na zona, o que levou muitas companhias aéreas a suspender os seus voos.
"Observámos que os voos estavam a decorrer normalmente, além das ameaças, além da retórica, além da narrativa, está a funcionar corretamente", frisou.
A administração Trump, que alega combater os cartéis de droga no México e na América Central, está a intensificar a pressão sobre a Venezuela com um grande destacamento militar nas Caraíbas, incluindo o envio do maior porta-aviões do mundo.
Donald Trump acusa a Venezuela de operar um esquema de tráfico de droga que inunda o mercado norte-americano.
Caracas nega as acusações e afirma que o verdadeiro objetivo de Washington é a mudança de regime e o controlo das reservas petrolíferas venezuelanas.
Os Estados Unidos realizaram ataques contra mais de 20 embarcações venezuelanas suspeitas de tráfico de droga nas Caraíbas e no Pacífico desde o início de setembro, matando pelo menos 83 pessoas, sem apresentar provas de que estes navios estivessem a ser utilizados para o tráfico de droga.
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