Reguladores querem planeamento conjunto para acabar com apagões na CPLP

  • 20/10/2025

"Todos nós aqui, de vários países, temos uma preocupação com a segurança no abastecimento de energia. Temos que responder para o interesse público no sentido de garantir não só bom preço, mas temos que garantir que a energia chega em quantidades suficientes em todos os momentos, todas as horas, para o tecido empresarial e para as famílias", disse o diretor executivo da Relop, Artur Trindade.

 

O responsável desta organização da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) falava na abertura da Semana de Energia e Clima na CPLP, que decorre até sexta-feira em Maputo, reunindo representantes governamentais, reguladores, financiadores, empresas, especialistas na área de energia e clima, com a organização a apontar para a presença de 29 oradores, representantes de nove países lusófonos e 120 participantes.

"Temos tido alguns problemas, nos países da CPLP, com alguns apagões e é importante registar que quando há apagão há falta de energia, não houve segurança nesse abastecimento. Portanto, quer seja da parte elétrica, quer seja dos combustíveis, nós temos que cooperar para garantir que os critérios de planeamento se preocupem com essa dimensão de segurança no abastecimento", apelou Artur Trindade.

Nas mesmas declarações, o responsável pediu aos Estados-membros da CPLP para apostarem no investimento privado para garantir a transição energética num contexto dominado por investimento público.

A Semana de Energia e Clima é coordenada pela Associação Lusófona de Energias Renováveis (Aler) e pela Associação de Reguladores de Energia dos Países de Língua Oficial Portuguesa (Relop).

No mesmo evento, a Associação Lusófona de Energias Renováveis pediu aposta no investimento privado para a transição energética e financiamento climático, defendendo que a CPLP deve "elevar o seu posicionamento" na agenda global de financiamento e afirmar-se "como um bloco estratégico", dinâmico e coeso, com voz própria e narrativa comum.

"A CPLP tem todas as condições para falar com uma voz própria nas agendas globais sobre o clima, uma voz que representa mais de 300 milhões de pessoas" com "uma identidade partilhada", disse a presidente da Aler, Mayra Pereira.

 Moçambique pediu hoje reforço da cooperação técnica e promoção de investigação na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa para os Estados-membros enfrentarem os desafios inerentes à transição energética e das alterações climáticas.

Moçambique é considerado um dos países mais vulneráveis e severamente afetados pelas alterações climáticas, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa.

O país registou, de 2000 a 2023, mais de 75 eventos climáticos extremos, causando perdas económicas superiores a 3,8 mil milhões de euros, colocando o país entre os 10 mais vulneráveis do mundo, avançou este mês o Governo.

O Governo moçambicano aprovou na semana passada o plano de contingência para a época chuvosa 2025/2026, que admite poder afetar 1,2 milhões de pessoas, mas tem menos de metade dos 14 mil milhões de meticais (190 milhões de euros) necessários.

As autoridades moçambicanas alertaram, em setembro, para cheias de "grande magnitude" no país e inundações em pelo menos quatro milhões de hectares agrícolas durante a época das chuvas que se iniciou este mês, em Moçambique.

Leia Também: Moçambique pede cooperação da CPLP perante alterações climáticas

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2873884/reguladores-querem-planeamento-conjunto-para-acabar-com-apagoes-na-cplp#utm_source=rss-ultima-hora&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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