Qatar frustrado com últimos ataques na Faixa de Gaza
- 30/10/2025
Al-Thani reiterou que o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) deixou claro "estar disposto a ceder a governação de Gaza" e referiu que Doha está a tentar pressionar o grupo para que "aceite agora a necessidade de se desarmar".
"Temos estado em contacto intensivo com as principais partes envolvidas para assegurar a manutenção do cessar-fogo na Faixa de Gaza, pelo que salientámos ser importante que as partes reconheçam a necessidade de o cessar-fogo se manter", afirmou.
Nesse sentido, sublinhou que a missão do Qatar é "garantir o fim da guerra e o desenvolvimento dos planos acordados no Egito".
"Estamos a analisar os desafios com que nos deparamos", acrescentou, segundo declarações recolhidas pela cadeia de televisão local Al Jazeera.
"Felizmente, acredito que as partes concordam que a trégua deve ser mantida e que é necessário cumprir o acordo", apontou, depois da morte de mais de uma centena de pessoas desde terça-feira, embora as autoridades israelitas tenham assegurado que voltaram a aderir ao cessar-fogo.
No entanto, o primeiro-ministro do Qatar também se referiu "à violação" da trégua por fações palestinianas, em relação à morte de um soldado israelita na terça-feira.
"Isto é, basicamente, uma violação" do acordo, especificou.
"Estamos a tentar conter as consequências e temos verificado que os Estados Unidos mantêm o seu compromisso", reforçou Al-Thani.
Os ataques aéreos, que começaram na terça-feira à noite e se prolongaram esta madrugada, foram a maior ameaça ao frágil acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas desde que entrou em vigor em 10 de outubro.
Segundo a Defesa Civil das autoridades do território, controladas pelo Hamas, os bombardeamentos israelitas provocaram pelo menos 104 mortos, incluindo 46 crianças.
Israel acusa o Hamas de violar o cessar-fogo e de abater um soldado israelita na terça-feira em Rafah, no sul do enclave palestiniano, uma alegação rejeitada pelo movimento islamita.
Além disso, a decisão de atacar a Faixa de Gaza foi tomada na sequência de um incidente relacionado com a entrega de um corpo de um refém mantido na Faixa de Gaza, ocorrida na segunda-feira à noite, ao abrigo do acordo de cessar-fogo.
Análises forenses mostraram que os restos mortais devolvidos pelo Hamas pertenciam a um antigo refém já recuperado e sepultado há quase dois anos e não a um dos 13 corpos ainda por entregar.
Depois dos primeiros ataques israelitas na terça-feira, o Hamas adiou a devolução de um corpo, anunciada para o mesmo dia.
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