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Preventiva para homem que agrediu e ameaçou de morte a namorada
- 20/10/2025
Um homem de 31 anos foi detido pela Polícia de Segurança Pública (PSP), no passado dia 13 de outubro, em Oeiras, por estar indiciado pela prática do crime de violência doméstica, em cumprimento de mandado de detenção emitido pela Autoridade Jurídica.
Em comunicado, a PSP explica que "os factos em investigação reportam-se a uma relação de namoro iniciado em janeiro de 2020 e terminada em agosto de 2025, durante o qual o arguido e a vítima coabitaram na mesma residência, existindo fruto dessa relação, uma filha menor, de dois anos de idade, atualmente sob a guarda da mãe".
A PSP apurou que, "ao longo da convivência, o arguido manteve um comportamento agressivo, controlando os contactos sociais da ofendida, especialmente com indivíduos do sexo masculino, e recorrendo a violência física e verbal sempre que manifestava ciúmes infundados".
"Entre os episódios relatados destacam-se várias agressões físicas, nomeadamente apertos no pescoço e empurrões, ocorridas em diferentes momentos desde 2021", lê-se.
O comunicado destaca que "num desses episódios, o arguido, sob o efeito de álcool, agarrou o pescoço da vítima com força, danificando o seu telemóvel após o arremessar contra o solo". Já num outro "episódio, durante a passagem de ano de 2022 para 2023, voltou a agredir a ofendida, apertando-lhe o pescoço e os braços, tendo ainda arrombado a porta da residência quando esta se ausentou temporariamente".
De acordo com a PSP, o comportamento do arguido "agravou-se", em agosto de 2025, "tendo dirigido ameaças de morte à vítima: "Posso ir preso, mas mato-te primeiro", por exemplo. O homem terá ainda manifestado "a intenção de obter uma arma de fogo, o que aumentou substancialmente o estado de medo e terror da ofendida".
"Dias depois, voltou a agredi-la fisicamente, tentando sufocá-la, e ameaçou-a com uma faca de cozinha, que encostou ao seu abdómen", revela o comunicado.
E, embora tenha sido aplicada ao arguido "uma medida de coação de afastamento e proibição de contactos", continuou "a violar tal determinação, efetuando múltiplas chamadas e enviando mensagens à ofendida, bem como tentando contactá-la pessoalmente no seu local de trabalho e na residência, em diferentes data do mês de setembro do presente ano".
"Tais comportamentos reiterados, mesmo após intervenção judicial, demonstram uma atitude persecutória e de total desrespeito pelas decisões da autoridade, mantendo a vítima em permanente estado de medo e insegurança, ao ponto de manifestar intenção de abandonar o país por receio da sua integridade física e da segurança da filha menor", pode ler-se.
Tendo em conta a "gravidade dos factos, o risco de continuação da atividade criminosa e a necessidade de salvaguardar a integridade física e psicológica da ofendida, foi determinada a emissão de mandado de detenção fora de flagrante delito", que foi cumprido no dia 13 de outubro e resultou na detenção do suspeito.
O detido foi presente à Autoridade Judiciária competente, em sede de primeiro interrogatório judicial, onde lhe foi aplicada medida de coação de prisão preventiva.
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