Polónia alerta Rússia: "Não posso garantir que tribunal não ordenará..."
- 21/10/2025
A Polónia alertou, esta terça-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, de que se cruzar o espaço aéreo polaco, quando viajar para a capital húngara, o país poderá ser forçado a cumprir o mandado de prisão internacional, emitido em 2023 pelo Tribunal Penal Internacional de Haia.
"Não posso garantir que um tribunal polaco independente não ordenará ao governo que escolte a aeronave para que o suspeito [Putin] seja entregue ao tribunal, em Haia", referiu o ministro dos Negócios Estrangeiros polaco, Radosław Sikorski, em declarações à Radio Rodzina.
Em 2023, o Tribunal Penal Internacional, sediado em Haia, nos Países Baixos, emitiu um mandado de prisão contra Vladimir Putin, acusando-o da deportação ilegal de crianças ucranianas para a Rússia.
No entanto, a Rússia não reconhece a jurisdição do tribunal internacional e nega as alegações.
"Acho que o lado russo está ciente disto. E, portanto, se esse encontro for realizado - espero que com a participação da vítima [Ucrânia] - o avião fará uma rota diferente", disse Sikorski.
A Hungria, saliente-se, cujo primeiro-ministro Viktor Orban mantém boas relações com Putin, já afirmou que irá garantir que o presidente russo consiga entrar na Hungria para a reunião com Trump e que depois possa regressar a casa.
Para que Vladimir Putin possa 'voar' até à capital húngara, independentemente da rota, terá de passar por cima de, pelo menos, um país da União Europeia (UE) - todos os países da UE são membros do Tribunal Penal Internacional.
A Hungria, no entanto, está no processo de deixar o tribunal.
De notar ainda que a Polónia, que é um dos membros da NATO, tem sido um dos países que mais tem apoiado Kyiv após a invasão da Rússia em 2022.
Zelensky disponível para estar presente no encontro Trump-Putin
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse estar disponível para, aproveitando o encontro que ambos planeiam realizar em Budapeste, reunir-se com os seus homólogos dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin.
"Se realmente quisermos ter uma paz justa e duradoura, precisamos das duas partes desta tragédia. Como se vai chegar a algum acordo sobre nós sem nós?", argumentou numa entrevista à cadeia ABC gravada na sexta-feira e transmitida hoje.
Por essa razão, questionado sobre se tentaria estar em Budapeste, Zelensky revelou que disse a Trump, com quem se reuniu na sexta-feira em Washington, que está pronto.
Leia Também: "Não vá a Budapeste". Ex-KGB alega que há "plano" para matar Putin





.jpg)
















































