Polémica no Carnaval da Mealhada? "Usou 500 euros em proveito próprio"

  • 18/09/2025

O Carnaval na Mealhada, distrito de Aveiro, não vai ser o mesmo este ano: só esta semana houve duas demissões da Associação de Carnaval da Bairrada (ACB), que organiza o evento, ambas devido a problemas relacionados com dinheiro.

 

A primeira baixa veio do tesoureiro da associação, agora demissionário, Márcio Freixo, que numa carta enviada ao presidente da mesa, Vitor Ferreira, explica os motivos.

O documento, citado pelo Jornal da Mealhada, afirma que o próprio presidente da associação terá "usado dinheiro da ACB em proveito próprio" através do cartão multibanco da associação, num valor que "atualmente ascende aos 500 euros" e que "terá de devolver à ACB".

O tesoureiro demissionário acrescenta que há uma “falta de responsabilidade nas tomadas de decisão do presidente, nomeadamente, nas decisões que envolvem despesa”, afirmando que “as justificações para as suas ações ou falta delas, são inválidas e/ou infundadas”.

Márcio Freixo aponta ainda que Victor Ferreira “entende que tudo se resolve ou que alguém resolve, não demonstra qualquer preocupação com assuntos mais sensíveis, nomeadamente, os financeiros” e que “prova disso, foi a falta de preocupação com os orçamentos dos eventos”.

Por tudo isto, o tesoureiro diz ter “perdido total confiança” em Victor Ferreira, acusando-o de “desleixo e despreocupação” com a situação financeira da ACB.

A decisão, conta ainda no mesmo documento, foi tomada "há cerca de um mês", e só comunicada na terça-feira, dia 16 de setembro, devido ao facto de o Festival de Samba se estar a aproximar. Foi apenas essa a razão que levou Márcio Freixo a optar “por não abandonar a equipa”. O festival em causa, ocorreu nos dias 12 e 13 de setembro.

Vice-presidente da ACB denuncia falta de transparência nas contas

Contudo, a saída de Márcio não veio desacompanhada. Esta quinta-feira, foi a vez da vice-presidente, Mafalda Novais, se demitir do cargo e também devido a problemas relacionados com o dinheiro da associação.

"Queridos amigos, parceiros e membros da Associação do Carnaval da Bairrada, serve esta partilha para vos informar que deixo hoje o cargo de Vice-Presidente da ACB", começa por dizer numa publicação partilhada no Instagram.

Mafalda Novais começa por informar que o seu trabalho na associação “passava, acima de tudo, pela organização do Carnaval de 2025 e respetiva apresentação de contas”.

“A par de muitos desafios operacionais perfeitamente evitáveis, continuamos também, à data de hoje, sem acesso ao único documento que comprova, com a única transparência possível, os valores auferidos nas bilheteiras do nosso Carnaval”, afirma, explicando que, este ano, foi implementado um novo sistema de faturação, testado pela própria, que o considerou “transparente e funcional”.

“No final de cada dia de desfile, solicitei as folhas de fecho de caixa (talão de fecho de todas as máquinas) de todas as caixas existentes e em nenhuma ocasião me foram facultadas. No final do Carnaval, voltei a solicitar e não só não obtive esses documentos, como não fui informada dos valores auferidos na bilheteira”, garante.

“Na Assembleia de apresentação do Relatório e Contas, documento para o qual a participação da vice-presidência não foi solicitada, questionei o presidente e o tesoureiro pelas folhas de fecho de caixa e fui remetida para tabelas de excel presentes no relatório”, conta Mafalda Novais que acrescenta que, na altura, o presidente e tesoureiro da ACB sugeriram que fosse ao Arquivo Municipal da Mealhada para consultar esses mesmos documentos. “E também não encontrei as ditas folhas de caixa referentes às caixas do Carnaval 2025”.

“Por muitos outros fatores, e especificamente pela falta da tão falada transparência que considero que não foi tida, não poderei continuar a participar nas atividades da Associação enquanto vice-presidente ou qualquer outro membro”, conclui.

Contactada pelo Notícias ao Minuto, a ACB recusou explicar a situação, dizendo apenas: “Não iremos fazer qualquer tipo de comentário”.

O Notícias ao Minuto contactou também o tesoureiro, Márcio Freixo, e a vice-presidente, Mafalda Novais, mas até ao momento não obteve resposta.

Leia Também: Vítor Escária quer os 78.500 euros de volta. Relação de Lisboa recusa

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/pais/2855944/polemica-no-carnaval-da-mealhada-usou-500-euros-em-proveito-proprio#utm_source=rss-ultima-hora&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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