Paquistão mata 15 militantes em operações junto à fronteira com Afeganistão
- 18/11/2025
As tropas realizaram uma operação inicial em Dera Ismail Khan, um distrito na província de Khyber Pakhtunkhwa, matando 10 talibãs paquistaneses, de acordo com um comunicado militar.
Uma segunda operação no distrito de Waziristão do Norte, na mesma região, matou mais cinco militantes, informou o comunicado.
Os militares identificaram os mortos como "Khawarij", um termo utilizado pelas autoridades para militantes, incluindo os que estão ligados ao grupo Tehrik-e-Taliban Pakistan (TTP), grupo ilegalizado e próximo do movimento talibã afegão.
Os talibãs paquistaneses são um grupo separado, mas aliado aos talibãs afegãos, que se fortaleceu desde que assumiu o poder em Cabul, em 2021.
Na sexta-feira as autoridades paquistanesas anunciaram a detenção de quatro alegados militantes suspeitos de envolvimento num atentado suicida realizado três dias antes junto a um tribunal de Islamabad, que causou 12 mortos e 28 feridos.
Segundo o Governo, os detidos pertencem ao TTP. Um dos suspeitos, Sajid Ullah, é apontado como o responsável pela montagem dos explosivos usados no ataque.
As detenções ocorreram um dia depois de o ministro do Interior, Mohsin Naqvi, ter afirmado que cidadãos afegãos estiveram envolvidos em atentados suicidas em Islamabad e no noroeste do país ocorridos esta semana.
De acordo com a investigação, Ullah disse às autoridades que recebeu ordens para organizar o ataque de Saeed-ur-Rehman, um dirigente do TTP alegadamente escondido no Afeganistão.
A explosão de 11 de novembro ocorreu dias depois de o primeiro-ministro, Shehbaz Sharif, ter manifestado abertura para retomar contactos com o Governo talibã em Cabul, pedindo-lhe que contenha a atividade do TTP. O grupo não comentou as detenções.
As operações militares surgem numa altura de grande tensão entre os dois países, que partilham uma fronteira de 2.600 quilómetros, conhecida como Linha Durand.
Em outubro, os confrontos armados ao longo desta linha resultaram em dezenas de mortes e levaram à mediação do Qatar e da Turquia para o estabelecimento de um cessar-fogo, que se mostrou frágil.
Os confrontos na fronteira levaram ao encerramento de todas as passagens, interrompendo as principais rotas de abastecimento e comércio do Afeganistão, que foram reabertas apenas esporadicamente para permitir a passagem de refugiados afegãos e casos humanitários.
A passagem de Chaman, no sudoeste, e a passagem de Torkham, no noroeste, são os dois pontos fronteiriços mais importantes entre os dois países, vitais para a economia afegã, que depende fortemente do trânsito de mercadorias, combustível e pessoas através do Paquistão.
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