Papa lamenta tratamento "desrespeitoso" dado aos migrantes nos EUA
- 19/11/2025
"Acredito que devemos procurar maneiras de tratar as pessoas com humanidade, com a dignidade que lhes é devida. Se as pessoas se encontram nos Estados Unidos de forma irregular, existem mecanismos para lidar com a sua situação. Há tribunais, há um sistema de justiça", explicou o pontífice norte-americano, ao responder aos meios de comunicação social à sua saída da sua residência em Castel Gandolfo.
Leão XIV acrescentou que "ninguém disse que os Estados Unidos devem ter fronteiras abertas", porque "cada país tem o direito de determinar quem, como e quando as pessoas entram. Mas quando há pessoas que levam uma vida honrada, muitas delas durante 10, 15, 20 anos (no país), tratá-las Assim, desta forma extremamente desrespeitosa, para dizer o mínimo..."
O líder da Igreja Católica também condenou que tenha "havido violência" em alguns casos no tratamento dos migrantes pelas autoridades.
Por esta razão, afirmou que "os bispos foram muito claros nas suas declarações" e convidou "todo o povo dos Estados Unidos a ouvi-los."
A Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB) emitiu uma mensagem sem precedentes no dia 12, na qual condenava a política de deportação e a estigmatização dos imigrantes pelo governo do Presidente Donald Trump, embora sem mencionar os seus nomes.
"Estamos profundamente preocupados em observar entre o nosso povo um clima de medo e ansiedade em relação à discriminação racial e à aplicação das leis de imigração", afirmam na declaração, aprovada quase por unanimidade na conferência episcopal anual, que teve lugar na semana passada em Baltimore.
"Estamos preocupados com as condições nos centros de detenção e com a falta de acesso ao atendimento pastoral. Lamentamos que alguns imigrantes nos Estados Unidos tenham perdido arbitrariamente o seu estatuto legal", acrescentaram os prelados.
Os bispos norte-americanos também disseram sentir-se preocupados com "as ameaças" de possíveis operações migratórias em locais de culto, hospitais e escolas. "Dói-nos ver pais que têm medo de ser detidos ao levar os seus filhos à escola e ao consolar familiares que já foram separados dos seus entes queridos", expressaram.
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