Papa evita falar em "genocídio" em Gaza em novo livro

  • 18/09/2025

"A palavra 'genocídio' está a ser cada vez mais utilizada. Oficialmente, a Santa Sé considera que não podemos pronunciar-nos sobre isso neste momento", afirmou o papa americano num livro publicado em espanhol, no Peru, e intitulado "Leão XIV, cidadão do mundo, missionário do século XXI".

 

"Existe uma definição muito técnica do que poderá ser um genocídio, mas cada vez mais pessoas levantam a questão, nomeadamente dois grupos de defesa dos direitos humanos em Israel", acrescentou.

No final de julho, duas organizações de defesa dos direitos humanos israelitas, B'Tselem e Physicians for Human Rights - Israel (PHRI), afirmaram que Israel estava a cometer um "genocídio" na faixa de Gaza, de acordo com investigações que realizaram.

Na terça-feira, pela primeira vez, uma comissão de investigação internacional mandatada pela ONU acusou Israel de cometer um "genocídio" na Faixa de Gaza desde outubro de 2023 com a intenção de "destruir" os palestinianos, enquanto cada vez mais vozes se levantam dentro da comunidade internacional.

Desde a sua eleição a 08 de maio, o Papa Leão XIV tem multiplicado os apelos por um cessar-fogo em Gaza e pela libertação dos reféns detidos pelo Hamas.

 Na quarta-feira, o líder da Igreja Católica denunciou o deslocamento forçado dos habitantes de Gaza que "sobrevivem em condições inaceitáveis".

Fiel à sua posição de neutralidade, a Santa Sé - que reconheceu o Estado da Palestina - apoia a solução de dois Estados e tem multiplicado os esforços para uma saída diplomática e pacífica para o conflito.

No livro, o Papa americano também considerou "muito preocupante" o facto de "nenhuma resposta clara ter sido dada para encontrar meios eficazes de atenuar os sofrimentos dos habitantes inocentes de Gaza".

"Até mesmo por parte dos Estados Unidos que são, obviamente, o terceiro (país) mais importante, a pressionar Israel - apesar das declarações muito claras do governo dos EUA e, recentemente, do presidente [Donald] Trump", considerou.

O antecessor argentino de Leão XIV, Francisco, que faleceu em abril, referiu-se às acusações de "genocídio" e pediu para "determinar se [a situação] corresponde à definição técnica formulada por juristas e organismos internacionais".

Leia Também: Papa recusou em julho pronunciar-se sobre genocídio em Gaza

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2855957/papa-evita-falar-em-genocidio-em-gaza-em-novo-livro#utm_source=rss-ultima-hora&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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