Pai e filho mataram 15 pessoas em praia de Sydney. O que se sabe?
- 15/12/2025
Um ataque na praia de Bondi, em Sydney, na Austrália, contra judeus australianos que celebravam a Hanukkah, uma festa judaica conhecida como festival das luzes, no domingo, fez pelo menos 16 mortos e 38 feridos, alguns dos quais em estado grave.
De acordo com o The Interpreter, este é o episódio de violência armada mais letal da Austrália desde o massacre de Port Arthur e o pior atentado terrorista da história do país.
Ainda há muitas informações por apurar, inclusive os motivos dos atiradores, como é que o ataque foi planeado e se os atacantes agiram por conta própria ou sob ordens de alguém ou de algum grupo criminoso.
No entanto, surgem cada vez mais dados sobre o massacre, que ocorreu pelas 18h45 locais (7h45 em Portugal Continental) de domingo, quando cerca de uma centena de judeus se juntaram na praia de Bondi para o "Hanukkah by the Sea", um evento anual organizado pelo Chabad de Bondi para celebrar a primeira noite de Hanukkaah.
Sobre os atiradores sabe-se, para já, que serão pai e filho. Os dois homens chegaram ao local armados, vestidos de preto, e abriram fogo a partir de uma ponte pedonal que dá acesso à praia, disparando durante cerca de 10 minutos.
Testemunhas descreveram o caos e o pânico aos jornais. Centenas de pessoas - muitas que nem faziam parte do evento - fugiram pela areia e para as ruas próximas, deixando os pertences para trás.
O homem de 50 anos, que seria, segundo a Euronews, comerciante de armas, com pelo menos seis registadas no seu nome, acabou por ser abatido pela polícia, enquanto o de 24 foi desarmado por um "herói" de 43 anos, chamado Ahmed el Ahmed.
As motivações dos assassinos permanecem desconhecidas, mas o governador de Nova Gales do Sul, Chris Minns, já admitiu que o ataque que teve como objetivo atingir a "comunidade judaica de Sydney", pelo que se acredita que os suspeitos fossem antessimitistas.
O suspeito mais novo encontra-se em estado crítico mas estável, internado num hospital, mas sob custódia da polícia. Foi identificado como Naveed Akram, de Bonnyrigg, no sudoeste de Sydney. De acordo com o primeiro-ministro australiano, o jovem já era conhecido pelas agências de segurança do país, apesar de não ser "considerado uma ameaça imediata".
Inicialmente, as autoridades investigaram se uma terceira pessoa estaria envolvida no maassacre, mas já descartaram essa hipótese.
A polícia encontrou e apreendeu dispositivos explosivos improvisados que estavam no interior de um veículo estacionado na Campbell Parade. O carro pertenceria a um dos suspeitos.
As identidades das vítimas mortais também começam a ser conhecidas. Entre eles está o rabino Eli Schlanger, um dos principais organizadores do evento, Alex Kleytman, um sobrevivente do Holocausto, e uma menina de 12 anos.
Já dos feridos sabe-se que têm entre 10 e 87 anos. Seis estarão em estado grave, entre os quais dois polícias que foram baleados e tiveram de ser operados de urgência.
Três crianças feridas continua hospitalizadas, apesar de não haver informações sobre o seu estado de saúde.
Austrália pondera endurecer leis de armas
Entretanto, após o ataque de domingo, o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, anunciou que o seu Governo considera "endurecer as leis" de posse de armas.
"O governo está preparado para tomar todas as medidas necessárias, incluindo a necessidade de endurecer as leis sobre armas", disse, antes da reunião esta tarde do Gabinete Nacional, na qual participam os líderes das diferentes jurisdições do país.
Enquanto as reações de vários líderes internacionais, entre os quais portugueses, se sucedem, a solidariedade manifesta-se de uma forma ainda mais intensa na Austrália. Segundo o The Guardian, 20 mil australianos responderam positivamente ao apelo para doar sangue após o atentado terrorista na praia de Bondi e estão já a ajudar os feridos.
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