Oposição venezuelana defende que Nobel de Corina Machado reconhece vítimas
- 11/12/2025
Numa mensagem publicada na rede social X, no dia da cerimónia de entrega do galardão em Oslo (Noruega), a PUD considerou que a distinção de Corina Machado é um reconhecimento "aos que tombaram, aos que são perseguidos e a todos os que, pacificamente, defenderam o direito a viver em liberdade e dignidade".
A coligação acrescentou que o prémio valoriza "o empenho cívico de milhões de venezuelanos" e reafirma "uma Venezuela que persevera e abre caminhos democráticos", apelando à continuidade da luta pela restauração da democracia.
A PUD sublinhou ainda que neste dia da entrega do Nobel da Paz torna "ainda mais crucial" o esforço para libertar os presos políticos no país sul-americano.
Hoje, na cerimónia em Oslo, o presidente do Comité Norueguês do Nobel, Jørgen Watne Frydnes, instou o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, a aceitar os resultados das eleições presidenciais de 2024, nas quais a oposição reivindica a vitória, e a renunciar para permitir uma transição pacífica.
"El? deve aceitar os resultados e demitir-se, porque essa é a vontade do povo venezuelano", disse Frydnes no discurso em Oslo, argumentando que Corina Machado e a oposição "acenderam uma chama que nenhuma tortura, mentira ou medo podem extinguir".
Por sua vez, María Corina Machado dedicou o Prémio Nobel da Paz a todo o povo venezuelano e aos "heróis" que lutam pela liberdade do país, num discurso lido pela filha, Ana Corina Sosa, que recebeu a distinção em seu nome.
A líder da oposição não esteve presente na cerimónia, mas deverá reencontrar-se com a filha em Oslo nas próximas horas e pretende regressar ao país "muito em breve", segundo Ana Corina Sosa.
A cerimónia contou com a presença de Edmundo González Urrutia, aliado de Machado e líder da oposição, que reivindica a vitória nas presidenciais de 2024, apesar de o Conselho Nacional Eleitoral, alinhado com o chavismo (a corrente política do Presidente venezuelano, inspirada pelas ideias do antecessor, Hugo Chávez), ter proclamado a reeleição de Maduro.
Também estão na capital norueguesa, a convite da galardoada, os presidentes do Panamá, José Raúl Mulino, da Argentina, Javier Milei, do Paraguai, Santiago Peña, e do Equador, Daniel Noboa.
María Corina Machado tornou-se a sétima personalidade latino-americana a receber o Prémio Nobel da Paz, atribuído, segundo o Comité Norueguês do Nobel, pelo "trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos do povo venezuelano e pela luta por uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia".
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