ONU pede que talibãs garantam liberdades das mulheres no Afeganistão
- 11/12/2025
"As mulheres e as meninas continuam a enfrentar severas restrições na educação, no emprego e na participação na vida pública, o que mina os seus direitos fundamentais e o futuro do país", advertiu a missão num comunicado.
A UNAMA acrescentou que o acesso a cuidados de saúde continua a ser desigual e alertou para que os afegãos deportados do estrangeiro estão expostos a um maior risco de represálias, especialmente as mulheres, antigos funcionários públicos, membros das forças de segurança, ativistas e jornalistas.
"Os direitos humanos não são opcionais. São os elementos quotidianos essenciais para a sobrevivência diária. Para o Afeganistão, garantir que as mulheres e as raparigas podem aprender, trabalhar e participar plenamente na vida pública é indispensável para a recuperação" do país, afirmou a diretora interina da UNAMA, Georgette Gagnon.
A responsável instou os talibãs a tomar "medidas concretas para se alinharem com as obrigações internacionais" e a abrirem o espaço político e social.
Por sua vez, a representante do Alto-Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (ACNUDH) no Afeganistão, Fiona Frazer, recordou a vigência da Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada há 77 anos, e afirmou que direitos fundamentais como a educação, a saúde, os meios de subsistência e a liberdade devem ser garantidos a todos os cidadãos afegãos, embora "continuem a ser negados a demasiados deles, especialmente a mulheres e raparigas".
Apesar das suas tentativas de projetar uma imagem mais diplomática junto da comunidade internacional, com gestos como a aproximação aos países da região e o reconhecimento 'de facto' outorgado pela Rússia, o regime talibã continua largamente isolado.
As mulheres e raparigas no Afeganistão continuam a ser alvo de restrições que as excluem de quase todas as esferas da vida pública.
Não têm acesso à educação, estão impedidas de exercer a maioria das profissões e não podem viajar sem um tutor masculino e, em muitos casos, é-lhes negado o atendimento médico se estiverem desacompanhadas, além de a sua presença --- e até a sua voz --- ser proibida em espaços públicos.
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