Nova greve geral em Itália afeta escolas, transportes e serviços de saúde
- 12/12/2025
A greve geral de hoje afeta todos os setores, públicos e privados, excluindo o transporte aéreo -- que terá a sua própria greve, previamente convocada para 17 de dezembro.
Trata-se da quarta contra a proposta orçamental do governo ultraconservador liderado por Giorgia Meloni e tem lugar apenas duas semanas depois da anterior, promovida pelos sindicatos de base Cobas, Usb, Sgb e Cub, e que paralisou Itália a 28 de novembro.
Com escolas encerradas um pouco por todo o país, os transportes públicos fora de serviço ou muito limitados e os serviços de saúde muito condicionados, decorrem manifestações em diversas cidades italianas, destacando-se as concentrações em Roma, em Milão e em Florença
O secretário-geral da CGIL, Maurizio Landini, que está em Florença, declarou que "a maioria do país não apoia as políticas deste governo".
"Este grande dia demonstra que a maioria deste país, do mundo que trabalha, exige uma mudança nas políticas económicas atuais. Não se chega ao fim do mês, os salários são baixos e continuam a tirar dinheiro aos trabalhadores assalariados e aos reformados, em vez de o ir buscar onde está, tributando os lucros e rendimentos financeiros. Acho que é um dia muito importante, que demonstra como a maioria deste país não apoia as políticas deste governo", declarou no comício em Florença, depois de um cortejo que juntou milhares de pessoas.
Como tem sido habitual nos dias de greves e protestos em Itália, governo e sindicatos trocam acusações, tendo o vice-primeiro-ministro Matteo Salvini -- líder do partido de extrema-direita Liga e titular da pasta dos Transportes no governo de coligação que integra -- acusado os grevistas de serem irresponsáveis e, tal como já insinuara anteriormente Meloni, marcarem paralisações às sextas-feiras para beneficiarem de fins-de-semana prolongados.
"Por acaso, das 24 greves gerais, 17 foram às sextas-feiras», ironizou Salvini, que considerou "irresponsável bloquear o país" e travar "uma batalha ideológica às custas dos trabalhadores".
Landini retorquiu que "o protesto não é político" e explicou que a escolha de sexta-feira para a greve se deve ao facto de tal facilitar a participação das pessoas nas manifestações, enquanto o secretário-geral do sindicato dos transportes, Stefano Malorgio, aconselhou o ministro dos Transportes a focar-se em "resolver os problemas de mobilidade que levam os cidadãos a sofrerem transtornos todos os dias", aludindo em particular aos tradicionais atrasos nos transportes ferroviários.
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