Negociações avançam para acabar com maior paralisação de sempre nos EUA
- 06/11/2025
O líder da maioria no Senado, o republicano John Thune, afirmou hoje que está para breve a finalização de um pacote de medidas de financiamento anual para algumas agências federais, peça fundamental nas negociações com os democratas.
"O minipacote deve estar quase concluído e será o veículo" para o projeto de lei de despesas de emergência para reabrir o governo, disse o líder republicano após um almoço fechado com membros da sua bancada, citado pelo site Politico.
Thune reuniu-se na noite de terça-feira com negociadores democratas para discutir a paralisação.
Os negociadores bipartidários querem que o Senado prossiga os trabalhos durante o fim de semana para finalizar um acordo, segundo fontes citadas pelo Politico.
A mesma fonte adianta haver um consenso crescente de que a chave para aprovar uma resolução provisória que ponha fim à paralisação do governo depende de um acordo para avançar com três projetos de lei de dotações orçamentais em áreas onde há acordo: Agricultura, Construção Militar-Assuntos de Veteranos e Poder Legislativo.
Os republicanos querem aprovar estes projetos como um sinal de boa-fé de que estão realmente empenhados em retomar o processo orçamental normal assim que a paralisação terminar, e estão a trabalhar com alguns democratas centristas para chegar rapidamente a um acordo, de acordo com o Politico.
A liderança democrata ainda não aprovou o pacote, que poderá demorar vários dias a ser finalizado.
A bancada democrata no Senado voltará a reunir-se hoje para discutir a sua estratégia para a paralisação do governo, incluindo a pressão sobre os republicanos para um acordo sobre a prorrogação dos subsídios de saúde, que estão a expirar.
Uma votação de teste no Senado falhou novamente na terça-feira, com os democratas a rejeitarem o projeto de lei de financiamento temporário do governo apresentado pelos republicanos antes da paralisação, a 01 de outubro.
Segundo a AP, entre os que trabalham nos bastidores estão os senadores republicanos Susan Collins e Mike Rounds, juntamente com vários democratas, como os senadores Chris Coons, Jeanne Shaheen e Maggie Hassan.
Um número considerável de senadores também quer uma solução para o impasse sobre o financiamento dos subsídios da Lei de Acesso à Saúde (Affordable Care Act ou Obamacare), que expiram no final do ano, mas tal está longe de reunir acordo.
A Casa Branca rejeita negociações sobre os cuidados de saúde antes de os democratas votarem a favor do financiamento governamental.
Os democratas e alguns republicanos também estão a pressionar por mecanismos de salvaguarda para impedir a prática da administração Trump de cortar unilateralmente verbas para programas que o Congresso já tinha aprovado.
A paralisação é já a mais longa da história dos Estados Unidos, tendo ultrapassado hoje outra em 2019, durante o primeiro mandato de Trump, que durou 35 dias.
Dentro e fora do Capitólio, tem vindo a aumentar a pressão para o fim da paralisação, incluindo de sindicatos, face à suspensão ou falta de pagamento a centenas de milhares de funcionários federais, cancelamento de voos em aeroportos e, desde os últimos dias, interrupção do Programa de Assistência Nutricional Suplementar (SNAP) para 42 milhões de norte-americanos de baixos rendimentos.
Trump afirmou na terça-feira que não vai autorizar o pagamento do subsídio de ajuda alimentar SNAP até que os democratas aprovem a proposta republicana de financiamento do Estado.
O governo afirmou anteriormente que iria utilizar um fundo de emergência para financiar metade dos subsídios alimentares, que estão congelados desde sábado.
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