Não tem de ser um inimigo! Saiba como transformar o medo num "superpoder"
- 21/10/2025
Medo de errar, medo de não ser correspondido, medo do passado, e alguns receios do futuro.
Somos constantemente expostos a estímulos diferentes e bombardeados com novas formas de pensar. Torna-se exaustivo corresponder a todas as expectativas. Alguns medos começam a nascer a partir daí.
Todos temos medos. Até os psicólogos têm. Entre revelações sobre o livro 'O Teu Medo é o Teu Poder' e dicas para lidar com as mais variadas formas de medo, a autora espanhola do bestseller, María Esclapez, contou, numa entrevista exclusiva ao Notícias ao Minuto, que uma psicóloga pode sentir medo, por exemplo, quando "não consegue intervir e, efetivamente ajudar" as pessoas que acompanha.
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A especialista esclarece que este medo é ainda agravado por condicionantes externas. À semelhança do que acontece no Sistema Nacional de Saúde português, a psicóloga identifica deficiências no acesso a cuidados de saúde mental em Espanha (realidade em que trabalha): "É muito limitado e dispendioso”.
María Esclapez conta que ainda não há espaço necessário para a saúde mental, mas através dos seus livros e das redes sociais, a autora tenta aproximar-se e dar voz a todas as inquietações.
Neste livro, em concreto, a autora procura mudar 'mindsets' e ajudar a converter vulnerabilidades em "super poderes". Aos olhos da psicologia, o medo não tem de ser um inimigo, mas sim um aliado.
'O Teu Medo é o teu Poder'© penguin livros
Como se manifesta o medo?
Para a autora, o medo e a ansiedade são "irmãs", mas não representam somente uma condição psicológica, o corpo também reage ao medo. As crises de ansiedade e medo podem manifestar-se das mais variadas formas.
Cognitivamente: Pensamentos acelerados e dificuldade de concentração
Emocionalmente: Frustração, culpa, tristeza, etc.
Fisicamente: Tremores, palpitações e inquietação.
E quando temos medo, devemos enfrentá-lo ou mantê-lo distante?
"Quando falamos de medo não falamos apenas de fobias. Há medos com que podemos viver. Se os sintomas não nos incapacitarem, podemos enfrentá-los", explica. Ainda assim, a especialista reforça que "o ideal é trabalhá-lo previamente para que não nos condicione".
María Esclapez reforça que não há nada de errado em ter medo ou sermos "vulneráveis", visto que "somos seres humanos e não máquinas". Aceitando essa condição humana, a autora acredita que se torna muito mais fácil alcançar "equilíbrio".
Neste livro, os leitores vão encontrar casos reais e exercícios práticos que podem aplicar no dia a dia para transformar o medo em força, confiança e, sobretudo, crescimento. Não obstante, apesar das estratégias que a profissional apresenta, deixa claro que "sempre que necessário é preciso procurar ajuda".
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