Moçambique apela a colaboração quanto a conservação marinha

  • 24/10/2025

"Reiteramos o nosso apelo à colaboração contínua, à identificação de oportunidades conjuntas e à ação coletiva e individual, para que possamos alcançar resultados concretos e duradouros na conservação das paisagens marinhas", disse o diretor-geral da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), Pejul Calenga, durante um workshop sobre Carbono Azul, em Maputo.

 

Segundo o responsável, mais de 60% da população moçambicana vive nas zonas costeiras e é "altamente dependente dos recursos e ecossistemas costeiros e marinhos" para subsistência e rendimento.

De acordo com o diretor-geral da ANAC, os mangais são também um habitat preferencial para as populações, por ser um local de reprodução de espécies marinhas, "tornando-se cruciais para a segurança alimentar e geração de rendimento".

"Queríamos também frisar aqui que da nossa avaliação ou da pesquisa que fomos fazendo foi possível notar também que as grandes taxas da degradação do mangal estão exatamente localizados ao redor das principais cidades, referimo-nos aqui às cidades de Maputo, Beira, Quelimane e Pemba", acrescentou, referindo que as causas da degradação dos mangais são principalmente de caráter antropogénico e incluem o corte para o combustível lenhoso, estabelecimento de salinas, áreas agrícolas, recolha de estacas para construção de casas, entre outros.

Pejul Calenga frisou que a proteção e restauração do carbono azul é de extrema importância, pois contribui para o sequestro e armazenamento do carbono, associado ao facto de que, quando degradado ou destruído, este ecossistema marinho emite o carbono armazenado por séculos para a atmosfera e os oceanos, tornando-se fontes de gases de efeito de estufa.

"As áreas marinhas protegidas são áreas onde a atividade humana é regulada ou limitada para permitir a regeneração dos ecossistemas marinhos e garantir a conservação da biodiversidade. Elas são cruciais para a saúde dos oceanos, atuando como instrumentos fundamentais para a conservação da biodiversidade marinha, contribuindo para a sustentabilidade dos recursos e a resiliência dos ecossistemas costeiros e oceânicos", explicou.

Reconheceu ainda que o estabelecimento de uma área de proteção não é, por si só, suficiente para garantir a "efetiva conservação" destes espaços, daí que considera "fundamental" o reforço dos mecanismos de consciencialização, fiscalização e responsabilização, além da promoção de meios alternativos de subsistência e geração de renda, oferecendo "opões reais de melhoria de qualidade de vida" às comunidades costeiras.

De acordo com Calenga, enquanto as áreas-chave para biodiversidade aumentaram de 29 para 34 nos últimos tempos, o país continua a enfrentar "desafios e limitações" decorrentes, sobretudo, da crescente pressão sobre os ecossistemas: "que continuam a ser degradados por atividades ilegais, ocupação desordenada e prática de atividades socioeconómicas de forma intensiva e insustentáveis".

Leia Também: Investigadores querem monitorizar oceanos usando a energia das ondas

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2876334/mocambique-apela-a-colaboracao-quanto-a-conservacao-marinha#utm_source=rss-ultima-hora&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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