MNE polaco ironiza com papel de Orbán e atribui-lhe Medalha Lenine
- 20/12/2025
"Parabéns", escreveu Radoslaw Sikorski em resposta a uma publicação de Orbán na rede social X, acompanhando o texto com uma foto da Medalha da Ordem de Lenine, que ostenta a imagem do líder da Revolução Bolchevique.
A mais alta honra civil de Moscovo, criada em 1930, era atribuída por mérito excecional e serviços prestados à União Soviética.
A mensagem irónica do ministro polaco serviu de resposta a uma publicação do líder húngaro, um aliado próximo do Presidente russo, Vladimir Putin, na qual se vangloriava de ter "conseguido evitar o risco iminente" de uma guerra.
"Impedimos que a Europa declarasse guerra à Rússia utilizando recursos russos", afirmou Orbán após uma reunião dos líderes da União Europeia em Bruxelas.
Na ausência de um acordo sobre a utilização sem precedentes e de alto risco dos ativos congelados do Banco Central russo em instituições europeias, foi aprovado em Bruxelas um empréstimo conjunto de 90 mil milhões de euros.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Hungria, Peter Szijjárto, respondeu ao homólogo polaco, também na rede social X, acusando-o de ser favorável a uma guerra entre a Europa e a Rússia.
"Nós jamais concordaremos com isso", advertiu.
O acordo de apoio financeiro à Ucrânia foi alcançado por 27 Estados-membros, mas a operação só se realizará com 24, uma vez que a Hungria, a Eslováquia e a República Checa "decidiram não participar", assinalou Viktor Orbán, alegando também que se trataria de um fardo para as gerações seguintes.
O chefe do Governo polaco, Donald Tusk, que é favorável à utilização dos ativos congelados russos, rejeitou o argumento financeiro de Orbán.
"Este empréstimo provém da reserva orçamental flexível que foi adotada há anos e financiada por todos os Estados-membros, incluindo a Hungria, a República Checa e a Eslováquia", argumentou o líder polaco liberal e antigo presidente do Conselho Europeu.
A troca de mensagens entre Varsóvia e Budapeste ocorre em plena visita do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, à Polónia, que advertiu para a inevitabilidade de ser invadida pela Rússia se as forças ucranianas forem derrotadas.
Quase quatro anos após o início da invasão russa, em fevereiro de 2022, os Estados Unidos tentam acelerar as negociações de um acordo de paz, mas as partes ainda estão afastadas em vários dos pontos essenciais, incluindo cedências territoriais da Ucrânia e garantias de segurança a Kiev.
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