Missionário norte-americano raptado no Níger. Tem cerca de 50 anos
- 22/10/2025
Vários ocidentais foram raptados no início do ano no norte do Níger, um país afetado pela violência extremista e governado por uma junta militar há mais de dois anos.
O homem, cujo nome não foi divulgado, tem cerca de 50 anos e é membro da SIM, uma organização cristã evangélica anteriormente conhecida como Sociedade Internacional Missionária.
No Níger, a SIM está presente em várias localidades onde evangeliza, ajuda as igrejas locais, os hospitais e fornece acesso a água potável.
O cidadão norte-americano raptado na terça-feira está "já a caminho da fronteira com o Mali", levado por raptores atualmente desconhecidos, segundo uma fonte diplomática local.
Em abril, uma suíça de 67 anos tinha sido raptada em Agadez (norte), três meses após o rapto da austríaca Eva Gretzmacher, de 73 anos, na mesma cidade.
O grupo Estado Islâmico no Sahel (EIS) é considerado o autor destes dois raptos, através de grupos criminosos locais que agiram em seu nome, segundo vários observadores dos movimentos extremistas na região.
Em outubro de 2020, um missionário norte-americano, Philip Walton, tinha sido raptado no oeste, em Massalata, uma aldeia situada a 400 km de Niamey, perto da fronteira com a Nigéria, mas acabou por ser libertado a 31 do mesmo mês, graças a uma intervenção das forças especiais norte-americanas no norte da Nigéria.
Os raptores tinham exigido um resgate para a sua libertação.
Jeffery Woodke, humanitário norte-americano, raptado em outubro de 2016 em Abalak, região de Tahoua (oeste do Níger), foi libertado em 2023.
O Níger, dirigido por um regime militar soberano desde o golpe de Estado perpetrado em julho de 2023, forçou a saída dos exércitos norte-americanos e franceses que o ajudavam na luta contra o terrorismo, que mina várias regiões do país.
"Com a nossa retirada da região, perdemos a nossa capacidade de vigiar de perto esses grupos terroristas, mas continuamos a colaborar com parceiros para oferecer o apoio que somos capazes de fornecer", declarou no final de maio o ex-chefe do comando norte-americano para a África (Africom), o general Michael Langley.
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