Milhares nas ruas de Valência pedem demissão de Mazón após cheias de 2024
- 26/10/2025
A 12.ª manifestação consecutiva contra Carlos Mazón, , convocada por mais de duzentas organizações sociais, cívicas e sindicais, começou às 18:30 (17:30 em Lisboa) na Plaza de San Agustín, com palavras de ordem como "Mazón, demite-te" e "O presidente para Picasent", numa referência à prisão que funciona nessa localidade.
Familiares das vítimas lideraram o cortejo, precedidos por três tratores, simbolizando a força rural afetada pela tragédia.
O protesto marca um ano de manifestações contra o presidente da Generalitat, Carlos Mazón, acusado de negligência na gestão da catástrofe de 29 de outubro de 2024.
Os manifestantes denunciaram a ausência de responsabilidade política e exigiram justiça pelas vidas perdidas.
"O alarme soou praticamente ao mesmo tempo que todos se afogavam", lamentou à agência France-Presse (AFP) Rosa Álvarez, presidente de uma associação de vítimas, que perdeu o pai na tragédia.
O percurso terminou junto ao Palau da Generalitat, sede do governo regional.
A disputa entre o governo central de esquerda e o executivo regional de direita sobre responsabilidades na gestão da crise continua a alimentar o descontentamento popular.
Segundo uma sondagem publicada pelo jornal El País, 71% dos residentes de Valência acreditam que Mazón, do Partido Popular, deve demitir-se.
O presidente da Generalitat tem-se defendido, alegando que a dimensão do fenómeno climático era imprevisível e culpando o governo central pela resposta insuficiente. As suas ações no dia da tragédia continuam sob escrutínio mediático.
Na próxima quarta-feira, está previsto um funeral de Estado em homenagem às vítimas, com a presença do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, e do rei Felipe VI.
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