Mais de 600 pessoas retiradas de dois barcos à deriva a sul de Creta
- 20/12/2025
Na primeira operação, foram retirados 539 migrantes de um barco de pesca sobrelotado, a poucos quilómetros da Gavdos, uma pequena ilha a sul de Creta.
Os migrantes foram resgatados da embarcação, que estava em estado muito precário, pela guarda costeira grega e por membros da Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira (Frontex).
O grupo era composto por 533 homens, quatro mulheres e dois menores, de acordo com uma contagem inicial não oficial feita pelos agentes envolvidos no resgate, acrescentou a porta-voz.
Os migrantes foram inicialmente levados para o porto de Ayia Irini, em Creta, de seguida, para um centro de acolhimento perto da cidade de Rethymno, uma das principais cidades da ilha, onde serão submetidos ao processo de identificação.
As nacionalidades dos resgatados, bem como o ponto exato de partida e destino da embarcação, são desconhecidos até ao momento.
Poucas horas depois, as autoridades resgataram outros 80 migrantes de uma segunda embarcação na mesma zona do Mediterrâneo, avançou a mesma fonte, adiantando que, no total, foram retiradas hoje do mar 619 pessoas.
A ilha grega de Creta tem registado, este ano, um aumento do número de migrantes que chegam irregularmente às suas costas, a maioria dos quais a bordo de embarcações precárias que partem da Líbia, localizada a cerca de 300 quilómetros a sul da ilha.
No total, entre 01 de janeiro a 14 de dezembro (domingo passado), chegaram a Creta cerca de 17.200 migrantes irregulares, o que constitui mais do quádruplo dos 4.000 que ali desembarcaram no ano passado.
Após os resgates de hoje, este número aproxima-se dos 18.000 migrantes, ou seja, cerca de 40% dos quase 44 mil migrantes irregulares que chegaram à Grécia por via marítima ou terrestre entre o início do ano e domingo, segundo dados do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR).
No ano passado, esse número chegou às 54 mil pessoas.
A Grécia é uma das principais portas de entrada para a União Europeia, especialmente para migrantes e refugiados que chegam por mar, vindos normalmente da Turquia e da Líbia.
Embora muitos migrantes usem a Grécia apenas como país de trânsito, preferindo destinos como a Alemanha, as ilhas gregas têm-se queixado de estar sobrecarregadas com o aumento no número de chegadas.
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