Mais de 40 empresas representam Portugal na feira de calçado de Milão

  • 05/09/2025

"Esta é a feira mais importante e prestigiada a nível internacional, onde temos a mais forte representação portuguesa. Esta feira permite-nos ter contacto com os clientes de todo o mundo, para além da Europa, EUA, Canadá, Japão e Coreia", afirmou o porta-voz da Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seu Sucedâneos (APICCAPS), Paulo Gonçalves, em declarações à Lusa.

 

Apesar do bom desempenho que o setor do calçado português tem registado este ano, ao ganhar terreno face aos seus principais concorrentes, nomeadamente Itália e Espanha, permanecem algumas dúvidas quanto ao resultado do segundo semestre.

Este período está a ser marcado pelo acordo tarifário entre os EUA e a Europa, cujas consequências colaterais para o setor do calçado ainda não são possíveis de apurar.

Por outro lado, alguns dos mercados considerados como mais relevantes apresentam um desempenho económico muito modesto, nomeadamente a Alemanha, que se encontra "no limiar de uma recessão técnica" e para a qual Portugal exporta, todos os anos, 400 milhões de euros em sapatos, apontou o também diretor de comunicação da APICCAPS.

Ainda assim, o calçado português está "relativamente otimista" dado o investimento que sido feito na indústria.

Em curso estão mais de 100 milhões de euros de investimento, em projetos ligados a áreas como automação e soluções mais sustentáveis.

"Preparámo-nos para momentos de dificuldades. Queremos ser uma das grades referências internacionais ao nível das soluções sustentáveis e temos investido muito. O momento é difícil e de grande exigência, mas nós fizemos o trabalho de casa", assinalou Paulo Gonçalves.

Neste âmbito, vão ser apresentados, pela primeira vez, os produtos que surgem do projeto BioShoes4All, que envolve 70 parceiros, como entidades de investigação e empresas, e conta com apoio do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Este projeto, que se foca na sustentabilidade, recorre a produtos que permitem uma produção rápida, mas também potenciam a reciclagem, incluindo casca de arroz, cereais, caroços de azeitona, castanha, casca de mexilhão, podas de videira ou algas, para o reforço de novos materiais, palmilhas, reforços ou solas de sapato.

De acordo com os dados disponibilizados pela APICCAPS, no primeiro semestre de 2025, as exportações portuguesas de calçado aumentaram 3,7% em valor para 843 milhões de euros.

Entre janeiro e junho, foram exportados 36 milhões de pares, mais 5,4%. Em 2024, as exportações do 'cluster' do calçado atingiram 2.147 milhões de euros.

No ano passado, Portugal produziu 80 milhões de pares de sapatos, sendo que 68 milhões de pares foram exportados, no valor de 1.724 milhões de euros.

O calçado português foi, neste período, comercializado, em mais de 170 países e Belize foi o mais recente destino.

No que diz respeito aos novos mercados, a APICCAPS "afinou a estratégia" e identificou 145 cidades em todo o mundo com capacidade para receber o calçado português, que é também um dos mais caros do mundo, o que é justificado pela especialização no couro.

Dois terços destas cidades estão na Europa ou nos Estados Unidos.

O Plano Estratégico do Cluster do calçado prevê um investimento de 600 milhões de euros até 2030.

A MICAM, que celebra 100 edições, conta com mais de 1.000 marcas e espera cerca de 42.000 visitantes.

Leia Também: Fábrica fecha sem avisar funcionários: "Não terá dinheiro para pagar"

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/economia/2848907/mais-de-40-empresas-representam-portugal-na-feira-de-calcado-de-milao#utm_source=rss-ultima-hora&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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