Macron promete trabalhar para libertar jornalista condenado na Argélia

  • 04/12/2025

"Continuaremos a trabalhar com as autoridades argelinas para alcançar a libertação e o seu regresso a França o mais depressa possível", disse Macron na China, onde se encontra em visita oficial, numa mensagem divulgada em Paris pela presidência.

 

Macron, que manifestou "profunda preocupação" pela confirmação da pena em recurso, expressou-se na mesma linha adotada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros na quarta-feira à noite, segundo a agência de notícias espanhola EFE.

Um tribunal de recurso do país do norte de África confirmou na quarta-feira a condenação de Gleizes a sete anos de prisão por "apologia do terrorismo".

A diplomacia francesa deplorou num comunicado que "a plena cooperação com as autoridades argelinas e as explicações fornecidas" pela defesa do jornalista não tivessem servido para alterar o veredicto.

"Apelamos à sua libertação e aguardamos uma solução favorável, a fim de que possa reencontrar-se rapidamente com os entes queridos", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

O ministério recordou ainda a defesa que a França faz "em todo o mundo da liberdade de imprensa".

Gleizes entrou na Argélia com um visto de turista, mas com a intenção de efetuar várias reportagens desportivas, algo que a lei do país penaliza com uma multa.

Foi detido maio de 2024 em Tizi Ouzou, a cerca de cem quilómetros a leste da capital, acusado de glorificar o terrorismo e de possuir publicações com fins propagandísticos prejudiciais aos interesses argelinos.

Gleizes entrou em contacto com o presidente do clube de Tizi Ouzou, figura destacada do Movimento de Autodeterminação da Cabília (MAK), uma organização berbere separatista considerado terrorista por Argel.

O jornalista foi condenado em junho a sete anos de prisão e a Procuradoria-Geral pediu para aumentar a pena para 10 anos, mas sentença pronunciada em primeira instância foi confirmada pelo tribunal de recurso.

Num congresso extraordinário realizado em 19 de outubro em Paris, o presidente do MAK, Ferhat Mehenni, foi mandatado para proclamar a independência da Cabília em 14 de dezembro de 2025.

"A proclamação da independência não é dirigida contra nenhum país nem nenhum povo. Ela simplesmente implementa, de forma pacífica e legítima, o direito inalienável do povo cabila à autodeterminação", afirmou Mehenni na altura.

A data alude a 14 de dezembro de 1960, quando a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou a Declaração sobre a Concessão de Independência aos Países e Povos Coloniais, a resolução 1514.

"A escolha do dia 14 de dezembro pelo MAK é (...) um ato político forte, uma forma de reinscrever a Cabília na continuidade das lutas anticoloniais universais", segundo a resolução aprovada pelo congresso de Paris.

Com sede em Paris, o MAK foi fundado em 2001 por Mehenni e advoga a independência da Cabília, uma região montanhosa localizada a leste de Argel, com cerca de cinco milhões de habitantes.

Leia Também: Macron e Xi Jinping: Ucrânia e desequilíbrios comerciais dominam encontro

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2899281/macron-promete-trabalhar-para-libertar-jornalista-condenado-na-argelia#utm_source=rss-mundo&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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