Lula saudou vitória da democracia brasileira sobre tarifas de Trump
- 25/12/2025
"Mostrámos ao Brasil e ao mundo que somos defensores do diálogo e da fraternidade, e que não fugimos à luta. Optámos pela diplomacia, protegemos as nossas empresas e evitámos despedimentos", disse Lula da Silva, na mensagem transmitida a nível nacional, por rádio e televisão.
Em pouco mais de seis minutos, o líder brasileiro, que prometeu recandidatar-se em 2026, reconheceu que este foi um ano "difícil", mas que, no final, "todos os que estavam contra o Brasil acabaram por perder".
Lula da Silva lembrou ainda "o sucesso" da 30.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP30), na cidade de Belém e, de seguida, mencionou o episódio das tarifas americanas impostas sobre as exportações brasileiras.
O Brasil e os Estados Unidos viveram uma crise sem precedentes, em meados deste ano, quando Trump anunciou tarifas de 50% sobre as importações brasileiras em retaliação pelo julgamento que levou à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-2022), aliado do republicano, que foi condenado a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado.
A ofensiva da Administração Trump incluiu a abertura de investigações sobre alegados "abusos comerciais" cometidos pelo Brasil, sanções contra o juiz Alexandre de Moraes, que liderava o processo contra Bolsonaro, e a revogação de vistos de altos funcionários brasileiros.
O cenário, porém, mudou em setembro passado, quando Lula e Trump se encontraram brevemente nos corredores da Assembleia Geral das Nações Unidas.
Desde então, falaram várias vezes por telefone e chegaram a encontrar-se pessoalmente em 26 de outubro, em Kuala Lumpur, durante a cimeira da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).
Desde então, os Estados Unidos reduziram ou eliminaram as tarifas sobre alguns produtos brasileiros e levantaram as sanções contra o juiz responsável pelo caso Bolsonaro.
"Negociámos o fim do aumento das tarifas e agora, em dezembro, ultrapassámos a marca dos 500 novos mercados para os nossos produtos. A nossa soberania e a nossa democracia saíram vitoriosas, e o povo brasileiro triunfou", disse Lula ao país.
Na mesagem de Natal, Lula da Silva condenou ainda a violência contra as mulheres e prometeu "liderar um grande esforço nacional", com a participação dos seus ministros, instituições e da sociedade brasileira, para erradicar este crime.
O Presidente brasileiro apelou aos homens para assinarem "um compromisso sincero", "em nome do que é mais sagrado", para serem aliados na luta contra a violência de género.
Na esfera laboral, o líder do Partido dos Trabalhadores defendeu a redução do horário de trabalho sem diminuição de salário, assunto em discussão no congresso brasileiro, atualmente dominado pelas forças conservadoras.
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