Justiça ordena apreensão de bens de quase 416 milhões de Kirchner

  • 20/11/2025

Numa sentença proferida terça-feira e divulgada hoje pela agência de notícias France-Presse (AFP), um tribunal federal de Buenos Aires decidiu as apreensões, mais de uma centena, a título de reparação num caso que envolvia a atribuição de obras públicas durante os mandatos presidenciais de Nestor Kirchner e, posteriormente, da viúva Cristina (2003/15).

 

Cristina Kirchner, atualmente a líder peronista, encontra-se sob prisão domiciliária.

Ao todo, 20 propriedades da família Kirchner, em Buenos Aires e noutras províncias, estão a ser alvo de apreensão: um bem em nome de Cristina e 19 propriedades entretanto transferidas para os filhos, Máximo e Florencia.

O tribunal ordenou igualmente a apreensão de bens e ativos relacionados com outros coarguidos condenados, entre eles o empresário Lázaro Báez, do qual a justiça pretende confiscar mais de 80 propriedades distintas.

Além de Cristina Kirchner, oito pessoas foram condenadas, incluindo um antigo ministro do Planeamento, antigos funcionários públicos e empresários.

O caso conhecido como "Vialidad", nome do organismo responsável pelas obras rodoviárias, dizia respeito à atribuição de contratos públicos na província de Santa Cruz (sul), bastião político do casal Kirchner.

A antiga presidente foi considerada culpada, no final de 2022, de fraude em prejuízo da administração pública e condenada a seis anos de prisão e inelegibilidade vitalícia, sentença confirmada pelo Supremo Tribunal em junho. 

Atendendo à idade, 72 anos, foi autorizada a cumprir a pena no apartamento em Buenos Aires, com pulseira eletrónica.

Justificando as apreensões, o tribunal argumentou que os fundos e ativos em causa "são efetivamente produto do crime" e que a confiscação visa a restituição ao Estado "enquanto proprietário legítimo, reparando para a sociedade os danos materiais e simbólicos resultantes da conduta criminosa".

A decisão segue-se a uma primeira ordem judicial, emitida em julho, que obrigava os arguidos a pagar solidariamente uma indemnização ao Estado, sem que tivesse havido cumprimento. Posteriormente, contestaram as apreensões, alegando ausência de prova que ligasse os bens aos factos que lhes são imputados.

O advogado de Cristina Kirchner não respondeu aos pedidos da AFP sobre um eventual recurso.

No acórdão de terça-feira, o tribunal sublinhou que vai caber em última instância ao Supremo Tribunal determinar "a afetação e atribuição, para o melhor serviço da justiça", dos bens designados para confisco.

Cristina Kirchner, que foi vice-presidente da Argentina até 2023, é também, desde o início de novembro, a principal arguida num megaprocesso de corrupção relativo a alegados subornos entre empresas e políticos entre 2003 e 2015, com 87 arguidos no total e centenas de testemunhas. 

O julgamento deverá prolongar-se para além de 2026.

Leia Também: Dupla que tentou matar ex-presidente da Argentina condenada a 10 anos

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2891081/justica-ordena-apreensao-de-bens-de-quase-416-milhoes-de-kirchner#utm_source=rss-mundo&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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