Japão e EUA assinam acordo sobre minerais críticos e terras raras
- 28/10/2025
Nos termos do acordo, assinado na capital do Japão pela primeira-ministra do país, Sanae Takaichi, e pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, Tóquio e Washington vão colaborar na identificação de projetos de interesse comum para colmatar as lacunas nas cadeias de abastecimento destes materiais, essenciais para o desenvolvimento da tecnologia moderna.
As duas potências estabeleceram um prazo de seis meses para "tomar medidas para fornecer apoio financeiro a projetos selecionados com o objetivo de gerar um produto final para entrega a compradores nos Estados Unidos e no Japão e, se for caso disso, em países com interesses semelhantes", segundo a Casa Branca.
As administrações japonesa e norte-americana comprometeram-se a servir de ponte na promoção do diálogo a nível empresarial para fazer avançar projetos que estabeleçam cadeias de abastecimento "novas e seguras" e concordaram em mobilizar recursos público-privados para as iniciativas.
Estes recursos incluem "subvenções, garantias, empréstimos ou capital, acordos de compra e venda, seguros ou facilitação regulatória", e os projetos não se limitam ao processamento de matérias-primas, mas incluem produtos derivados, como ímanes permanentes, baterias, catalisadores e materiais óticos.
Trump e Takaichi assinaram o acordo após uma cimeira no Palácio Akasaka de Tóquio, a segunda paragem da digressão asiática do Presidente norte-americano, que também assinou um pacto no setor de terras com a Malásia, país onde esteve anteriormente.
Os acordos têm como pano de fundo as restrições impostas pela China às exportações de terras raras - mineral chave para a tecnologia, cujo processamento e venda Pequim praticamente monopoliza - no âmbito do diferendo comercial com os Estados Unidos.
Além deste acordo, os chefes de Governo do Japão e dos EUA assinaram outro documento em que se comprometem a aplicar o acordo comercial alcançado em julho, que fixou em 15% as tarifas recíprocas de Washington e no âmbito do qual ainda não se conhece o destino dos 550 mil milhões de dólares (471 mil milhões de dólares) que Tóquio se comprometeu a investir nos EUA.
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