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Falta de controladores aéreos nos EUA leva a cancelamento de 1.000 voos
- 08/11/2025
Devido à falta de pessoal nas torres de controlo, onde os controladores trabalham sem remuneração há mais de cinco semanas por causa da paralisação do governo, o governo impôs na quarta-feira, como medida de segurança, uma redução do tráfego em 40 dos aeroportos mais movimentados.
De acordo com o site de rastreamento de voos FlightAware, os aeroportos de Washington (Reagan), Chicago O'Hare e Atlanta foram hoje os mais afetados.
Os aeroportos de Dallas e Houston (Texas), Washington, D.C., Miami, Fort Lauderdale, Tampa e Orlando (Florida), Filadélfia (Pensilvânia), Atlanta (Geórgia), Boston (Massachusetts) e Newark (New Jersey), entre outros, também sofreram perturbações, entre cancelamentos e atrasos.
São esperados cerca de 700 cancelamentos para sábado.
De acordo com o Departamento de Transportes, o tráfego aéreo foi reduzido hoje em 4%, e, caso a paralisação do governo se mantenha, a redução poderá chegar a 10% dentro de uma semana.
Os cancelamentos atingem um fim de semana que muitos norte-americanos vão prolongar até terça-feira, 11 de novembro, feriado nacional.
Acontecem também pouco antes do Dia de Ação de Graças, o principal feriado do país, a 27 de novembro, em que as famílias se reúnem e que por isso é um dos períodos de maior tráfego aéreo do ano.
Cerca de 14.000 controladores de tráfego aéreo monitorizam o espaço aéreo norte-americano.
Diariamente, mais de três milhões de passageiros voam nos Estados Unidos, numa média de mais de 44 mil voos, segundo a agência federal de aviação (FAA).
O secretário dos Transportes norte-americano, Sean Duffy, confirmou hoje que os voos internacionais não serão afetados pela redução no tráfego aéreo provocada pela paralisação do Governo federal.
No aeroporto nacional Ronald Reagan, em Washington, Duffy acrescentou que há países "à espera que os Estados Unidos quebrem os acordos para que possam reduzir os voos americanos", mas insistiu que isso não irá acontecer.
As principais companhias do país, como a American Airlines, a United e a Delta, anunciaram na quinta-feira que iriam dar prioridade à manutenção das rotas internacionais.
Apesar do cancelamento de voos, o Presidente Donald Trump não está impedido de viajar. Deverá chegar ainda hoje a Palm Beach, na Florida, para passar o fim de semana em Mar-a-Lago, o seu 'resort' privado.
A paralisação do Governo começou em 01 de outubro devido à ausência de acordo entre republicanos e democratas para aprovar o novo orçamento federal que permitisse financiar as operações governamentais.
Com 38 dias de duração, esta é a paralisação mais longa do país, superando a de 2018, durante o primeiro mandato de Trump, que terminou ao fim de 35 dias devido precisamente ao caos no tráfego aéreo provocado pela escassez de controladores.
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