Ex-líderes Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia têm 1.ª sentença

  • 16/09/2025

"Esta sentença não apaga o sofrimento das vítimas. Mas é a voz que reconhece que o que elas passaram foi injustificável e desumano", disse o juiz principal do caso Camilo Suárez.

 

Durante os próximos oito anos, os antigos líderes rebeldes das FARC, que operaram desde 1964 até 2016, deverão trabalhar em projetos para encontrar os corpos das pessoas desaparecidas e remover as minas terrestres das zonas rurais.

Os condenados também têm de realizar atos simbólicos de reparação às vítimas, como orações.

Para garantir que cumprem a pena, os sete ex-líderes seguirão um horário rigoroso e vão ser controlados por dispositivos eletrónicos.

O tribunal declarou que as FARC cometeram crimes durante décadas e que raptaram civis em troca de resgate para financiar as operações criminosas.

As FARC tiraram ainda a liberdade aos soldados e aos políticos com o objetivo de trocar os indivíduos por rebeldes presos.

O tribunal conhecido como Jurisdição Especial para a Paz foi criado no âmbito do acordo de paz de 2016 entre o governo colombiano e os rebeldes das FARC.

O tribunal foi elogiado por juristas que defenderam que o tribunal ajudou a documentar e a revelar os detalhes macabros da guerra civil colombiana.

A entidade foi também criticada pelos colombianos que gostariam de ver punições mais severas para os autores dos crimes de guerra.

O porta-voz da Federação das Vítimas do Terrorismo na Colômbia, Sebastián Velásquez, que representa mais de 1.200 vítimas do conflito colombiano, disse estar desapontado com a decisão.

O porta-voz declarou que a decisão não obrigou as FARC a fornecer uma compensação económica às comunidades afetadas pelos raptos.

A federação destacou que, durante o conflito na Colômbia, o grupo rebelde acumulou dinheiro em contas bancárias e comprou casas, quintas e gado que foram transferidos para terceiros.

A antiga liderança das FARC nega a acusação.

Para a federação, os bens das FARC poderiam ser vendidos para indemnizar as vítimas.

"Evitaram a prisão em troca de dizer a verdade. Na nossa opinião, não cumpriram integralmente o acordo", acrescentou Sebastián Velásquez

Leia Também: Colômbia suspende compra de armas aos EUA, diz ministro

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2854707/ex-lideres-forcas-armadas-revolucionarias-da-colombia-tem-1-sentenca#utm_source=rss-ultima-hora&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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