EUA "vão trabalhar" para fim do conflito (a pedido de sauditas)
- 20/11/2025
Em visita oficial a Washington, o governante 'de facto' da Arábia Saudita disse que "gostaria que os Estados Unidos fizessem algo com muito impacto quanto ao Sudão", indicou Trump, num discurso proferido durante uma conferência económica.
Washington já realizou tentativas de mediar o conflito que assola o Sudão há mais de dois anos e que causou, segundo a ONU, a pior crise humanitária do mundo.
"Não estava nos meus planos envolver-me nisto. Pensei que fosse algo insano e fora de controlo", observou Donald Trump a propósito da guerra no terceiro maior país de África, onde o Exército e os paramilitares das Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês), ambos acusados de atrocidades, se confrontam desde abril de 2023.
"Mas vejo até que ponto é importante para si", disse Donald Trump a Mohammed bin Salman, que recebeu na terça-feira com particular entusiasmo na Casa Branca e que hoje participava na mesma conferência económica na capital federal norte-americana.
O príncipe herdeiro "mencionou ontem [terça-feira] o Sudão", relatou o Presidente norte-americano, que se considera um grande pacificador.
"Ele explicou toda a cultura, toda a história. Foi muito interessante ouvir, realmente incrível, e já começámos a trabalhar nisso", prosseguiu.
"Agora, vejo as coisas de forma diferente", comentou.
Depois da intervenção na conferência, Trump lamentou "as atrocidades" no Sudão -- a sua declaração mais contundente até à data sobre o conflito -, numa mensagem publicada na sua rede social, Truth Social.
"Trabalharemos com a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, o Egito e outros parceiros no Médio Oriente para pôr fim a estas atrocidades", escreveu.
O conflito no Sudão fez, até agora, dezenas de milhares de mortos e desalojou quase 12 milhões de pessoas.
A situação agravou-se mais ainda com a queda da cidade de El-Fasher, o último bastião do Exército no Darfur, nas mãos dos paramilitares das RSF, no final de outubro.
Os Emirados Árabes Unidos, outro parceiro próximo dos Estados Unidos no Golfo Pérsico, são acusados pelas organizações não-governamentais (ONG) de apoiar as RSF, o que Abu Dhabi sistematicamente nega.
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