EUA tornam-se acionistas de 'startup' de processamento de terras raras

  • 04/11/2025

A jovem empresa da Carolina do Norte fabrica ímanes potentes, componentes cruciais para muitos setores de alta tecnologia, a partir de uma liga que contém neodímio, um dos metais de terras raras.

 

O acordo envolve o governo norte-americano e investidores privados, que vão injetar 550 milhões de dólares (477 milhões de euros) na Vulcan Elements, de acordo com um comunicado de imprensa. 

O governo federal irá ainda libertar um empréstimo de 620 milhões de dólares e uma subvenção de 50 milhões de dólares, em troca dos quais receberá ações da Vulcan no valor equivalente a 50 milhões de dólares. 

A Vulcan Elements também planeia purificar terras raras na sua fábrica no parque industrial Research Triangle Park, que faz fronteira com Durham. 

O governo vai também emprestar 80 milhões de dólares à ReElement Technologies, outra empresa norte-americana especializada na produção de elementos de terras raras prontos para processamento, que já tinha assinado um acordo de fornecimento com a Vulcan em agosto.

A operação prevê ainda que investidores privados adquiram uma participação de 80 milhões de dólares na ReElement Technologies. 

Em troca da sua contribuição, o governo receberá, para além do pagamento dos seus empréstimos ao longo do tempo e das ações da Vulcan, produtos financeiros derivados, que podem ser convertidos em ações da Vulcan e da ReElement sob determinadas condições. 

"O nosso investimento na Vulcan Elements irá acelerar a produção de ímanes de terras raras nos Estados Unidos para a indústria americana", comentou o secretário do Comércio, Howard Lutnick, citado no comunicado de imprensa. 

No conflito comercial com os Estados Unidos, a China tem restringido progressivamente as suas exportações de terras raras, das quais controla mais de 90% do mercado global de refinação. 

Depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter ameaçado aumentar as tarifas sobre a China em 100%, os dois países chegaram a um acordo na semana passada, incluindo sobre a suspensão chinesa das restrições às terras raras.  

No domingo, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, defendeu que era necessário que os Estados Unidos "reduzissem os riscos" representados pela China em relação ao fornecimento de terras raras, encontrando fornecedores alternativos e desenvolvendo uma indústria nacional. 

As terras raras - dezassete matérias-primas descobertas no final do século XVIII na Suécia, cada uma com propriedades diferentes - são estratégicas pela sua aplicação nas tecnologias de transição energética e eletrónica.  

Em julho, o Departamento de Defesa norte-americano (Pentágono) estabeleceu uma parceria público-privada com a empresa de mineração de terras raras MP Materials, tornando-se o seu maior acionista e investindo milhares de milhões de dólares em produção. 

A empresa planeia iniciar a construção de uma segunda unidade de fabrico de ímanes assim que for identificado um local, graças a um "pacote de investimento de milhares de milhões" de dólares e um "compromisso de longo prazo" do Pentágono. 

A produção, que deverá arrancar em 2028, tem como objetivo servir clientes do setor da defesa e também privados. 

Isto dar-lhe-á uma capacidade total de produção de 10.000 toneladas por ano, combinada com a sua infraestrutura existente localizada em Mountain Pass (Califórnia), considerado o segundo maior local de mineração de terras raras do mundo. 

Concluída a operação, o Pentágono ficará com uma participação de 15% na MP Materials, tornando-se o seu maior acionista.  

O Departamento governamental comprometeu-se ainda a pagar um preço mínimo durante dez anos pela produção de uma liga (NdPr) utilizada sobretudo em motores e geradores - para "reduzir os riscos ligados à especulação externa no mercado" e "garantir um cash flow estável" para a empresa. 

Isto também garantirá que todos os ímanes produzidos pela segunda fábrica, denominada 10X, são adquiridos no prazo de dez anos após a sua conclusão. 

Leia Também: EUA. Lei para proteger judeus viola liberdade expressão, diz comité

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2882138/eua-tornam-se-acionistas-de-startup-de-processamento-de-terras-raras#utm_source=rss-mundo&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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