EUA retiram sanções contra presidente sírio antes da visita a Washington
- 08/11/2025
A medida foi anunciada pelo Departamento do Tesouro e remove Al-Sharaa e o ministro do Interior, Anas Khattab, da lista de Terroristas Globais Especialmente Designados.
Esta medida é conhecida depois de o Conselho de Segurança da ONU ter aprovado, na quinta-feira, o levantamento das sanções contra o líder sírio, por proposta da diplomacia norte-americana.
Washington argumentou que a Síria "está numa nova era" e Al-Sharaa "está a trabalhar arduamente para cumprir os seus compromissos".
O Reino Unido também levantou as sanções contra o presidente de transição sírio, enquanto a União Europeia confirmou que se prepara para fazer o mesmo, no seguimento da aprovação na véspera nas Nações Unidas.
As sanções da ONU visavam indivíduos e grupos ligados às organizações terroristas Estado Islâmico e Al-Qaeda, os quais estavam sujeitos a proibição de viagens, congelamento de bens e embargo de armas.
Em dezembro de 2024, combatentes da Organização para a Libertação do Levante (Hayat Tahrir al-Sham, HTS) lideraram uma coligação rebelde síria, que derrubou o regime do ex-presidente Bashar al-Assad.
Foi na condição de líder do HTS, organização de inspiração 'jihadista', que Al-Sharaa se encontrava nas listas internacionais de sanções.
No passado rebelde, o atual presidente de transição criou a Frente al-Nusra, em plena guerra civil síria, que foi afiliada em momentos separados do Estado Islâmico e da Al-Qaeda.
Posteriormente, dissolveu a Frente al-Nusra e quebrou as ligações às organizações terroristas para criar o grupo HTS, entretanto também já desativado.
Depois de assumir a presidência de transição da Síria, tem procurado normalizar as relações internacionais de Damasco e devolver estabilidade ao país através de um discurso de reconciliação, apesar de já ter enfrentado graves problemas de segurança, alguns de natureza sectária.
O ministro da Defesa, Murhaf Abu Qasra, anunciou que o Exército sírio começou a integrar nas fileiras antigos militares das forças de Al-Assad, que desertaram durante os protestos antigovernamentais de 2011, antecedendo a guerra civil que se prolongou até ao ano passado.
"Acreditando no estatuto dos recrutas que desertaram durante os anos da revolução e no seu verdadeiro papel dentro da instituição militar, e estando interessado em reintegrá-los no devido lugar, o Ministério da Defesa começou a trazer de volta os recrutas desertores e a integrá-los nas formações do Exército Árabe Sírio", declarou Abu Qasra na rede social X.
Esta semana, também o ministro dos Negócios Estrangeiros, Asaad al-Shaibani, reuniu-se com 12 diplomatas que desertaram do anterior regime e aceitou readmiti-los.
O líder de transição sírio tem uma visita prevista aos Estados Unidos na segunda-feira para uma reunião na Casa Branca com o presidente norte-americano, Donald Trump.
Al-Sharaa já tinha estado nos Estados Unidos em setembro para discursar na Assembleia-geral da ONU, em Nova Iorque.
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