EUA pressionam Europa a desistir do uso de ativos russos, diz Kyiv
- 18/12/2025
"Sete países já não apoiam publicamente esta ideia", afirmou, sob anonimato, a fonte ucraniana à AFP.
A mesma fonte referiu que o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, vai estar na quinta-feira em Bruxelas, com o objetivo de persuadir os líderes do Conselho Europeu, que estão reunidos no mesmo dia.
O chanceler alemão voltou hoje a pedir aos seus pares europeus que utilizem os ativos russos na reunião do Conselho que deverá adotar uma decisão sobre o assunto.
"A pressão sobre [o Presidente russo, Vladimir] Putin deve aumentar ainda mais para que se possa negociar a sério, e é por isso que precisamos da decisão dos chefes de estado e de governo europeus", defendeu Friedrich Merz junto dos deputados aos alemães em Berlim, antes de partir para Bruxelas.
Segundo o líder alemão, "Trata-se, obviamente, de ajudar a Ucrânia, mas também de enviar um sinal claro à Rússia" de que os países europeus usarão os meios ao seu dispor para pôr fim à guerra.
Os líderes dos estados-membros da União Europeia reúnem-se a partir de quinta -feira em Bruxelas para discutir o apoio financeiro à Ucrânia para se defender da invasão russa nos próximos dois.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, está a promover um plano para destinar os ativos russos a um empréstimo de 90 mil milhões de euros a Kiev nos próximos dois anos, mas esta iniciativa enfrenta forte oposição da Bélgica, onde se encontra a maior parte dos fundos.
Bruxelas teme represálias russas ou ser o único país a suportar o peso das consequências, sobretudo em caso de ação judicial pela utilização dos fundos que foram congelados no âmbito das sanções ocidentais aplicadas a Moscovo desde o início da sua invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022.
A administração norte-americana intensificou nas últimas semanas as negociações de um acordo de paz entre Moscovo e Kiev mais os seus aliados europeus, a partir de um plano que, na sua versão inicial, correspondia a várias das exigências do Kremlin.
As partes continuam longe de um entendimento, sobretudo devido à recusa de concessões territoriais da Ucrânia à Rússia, e também às garantias de segurança internacionais a Kiev para prevenir uma nova agressão de Moscovo em caso de um acordo.
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