EUA não podem forçar russos e ucranianos a um acordo de paz

  • 20/12/2025

"Em última análise, cabe-lhes a eles chegar a um acordo. Não podemos forçar a Ucrânia a chegar a um acordo. Não podemos forçar a Rússia a chegar a um acordo. Eles precisam de querer", declarou o chefe da diplomacia norte-americana, numa conferência em Washington para assinalar o fim de ano no Departamento de Estado.

 

O apelo de Marco Rubio surge na véspera de uma reunião em que deverá participar na Florida ao lado dos enviados da Casa Branca, Steve Witkoff e Jared Kushner, com Kirill Dmitriev, conselheiro do Presidente russo, Vladimir Putin, do lado de Moscovo, para analisar a mais recente versão de um plano proposto por Washington.

A nova ronda de conversações foi também confirmada na quinta-feira pelo Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

Rustem Umerov, secretário do Conselho de Segurança Nacional e Defesa da Ucrânia, indicou entretanto que dois altos responsáveis militares ucranianos iniciam já hoje nos Estados Unidos contactos com os mediadores norte-americanos e representantes europeus, que deverão ser provenientes da Alemanha, França e Reino Unido.

Delegações ucranianas, europeias e norte-americanas já se reuniram no domingo e na segunda-feira passada em Berlim, com o propósito de alinhar uma proposta que seria posteriormente transmitida a Moscovo pelos emissários de Washington.

A nova ronda de negociações em solo norte-americano é iniciada no mesmo dia em que o Presidente russo, Vladimir Putin, negou ter rejeitado o plano de paz para a Ucrânia, observando que "a bola" estava agora do lado de Kiev e dos europeus.

"A bola encontra-se totalmente do lado dos nossos adversários ocidentais, principalmente do chefe do regime de Kiev e dos seus patrocinadores europeus", disse o líder russo.

Vladimir Putin referiu também que Moscovo já aceitou compromissos durante as negociações com Washington, apesar de hoje ter reafirmado que vai atingir os objetivos militares na Ucrânia e de rejeitar a presença de tropas da NATO no país vizinho como parte de garantias de segurança a Kiev.

Durante a conferência de imprensa de hoje, Marco Rubio referiu que, nesta fase, os Estados Unidos estão a tentar "descobrir se podem influenciar ambos os lados a chegar a um ponto em comum", insistindo que terá de haver cedências.

"O que estamos a tentar determinar aqui é o que é aceitável para a Ucrânia e o que é aceitável para a Rússia, e (...) ver se podemos aproximá-los e levá-los a chegar a algum tipo de acordo", referiu Rubio, sublinhando a existência de progressos mas que ainda há trabalho a fazer.

O secretário de Estado norte-americano admitiu porém que "não haja acordo" após os contactos na Florida, comentando que esse cenário seria "lamentável".

Antes desta ronda de contactos, o Presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou que os negociadores "estão perto de chegar a um acordo", e aconselhou Kiev a agir rapidamente.

"Cada vez que demoram muito tempo, a Rússia muda de ideias", advertiu.

O Presidente ucraniano também relatou progressos no sentido de um entendimento entre Kiev e Washington sobre o conteúdo de um plano a propor a Moscovo para pôr fim aos combates, mas alertou ao mesmo tempo que a Rússia está a preparar-se para mais um ano de guerra em 2026.

A proposta dos Estados Unidos passou por várias versões, sendo que inicialmente foi acusada de corresponder às principais exigências do Kremlin, incluindo a cedência das regiões parcialmente ocupadas pela Rússia na Ucrânia, que teria também de abdicar da sua integração na NATO e dos seus planos de contingente militar.

Os detalhes do novo acordo entretanto revisto por Kiev não são conhecidos, mas, segundo Zelensky, envolve concessões territoriais da Ucrânia em troca de garantias de segurança ocidentais.

As negociações ocorrem numa fase de intensificação dos ataques russos nas frentes de batalha na Ucrânia, onde controlam agora cerca de 20% do território.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Leia Também: Rubio condena regime ilegítimo mas não confirma deposição de Maduro

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2907552/eua-nao-podem-forcar-russos-e-ucranianos-a-um-acordo-de-paz#utm_source=rss-mundo&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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