Etiópia anunciou a realização de eleições legislativas em junho de 2026
- 10/12/2025
No final de outubro, o primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, que ainda não anunciou a eventual recandidatura, declarou que o Governo tinha capacidade e vontade de realizar as eleições, garantindo que vão ser as "mais bem organizadas" da história da Etiópia.
A realização de eleições na Etiópia, o segundo país mais populoso de África, com 130 milhões de habitantes, apresenta inúmeros desafios.
A região norte do país enfrenta o agravamento de tensões entre o Tigray e a região vizinha de Afar, que voltam a colocar em risco o frágil acordo de paz.
A guerra civil devastou o Tigray entre 2020 e 2022, opondo os rebeldes da Frente de Libertação do Povo do Tigray (TPLF) às forças federais, apoiadas por milícias locais e pelo Exército da Eritreia.
O conflito provocou 600 mil mortos, segundo dados da União Africana.
De acordo com as Nações Unidas, um milhão de pessoas continuam deslocadas na sequência da guerra.
Em Oromia, uma vasta região que rodeia a capital - Adis Abeba - e que alberga cerca de um terço da população do país, as forças federais combatem também o Exército de Libertação Oromo (OLA), considerado uma "organização terrorista" desde 2018.
Em Amhara, norte, as milícias de "autodefesa" do grupo étnico Amhara, que primeiro se tinham aliado ao exército federal contra as forças da TPLF, pegaram em armas em abril de 2023 contra o Governo, em protesto contra as autoridades federais, que impuseram o desarmamento.
Grandes extensões de território continuam fora do controlo das autoridades federais, particularmente nas zonas rurais de Amhara e Oromia, mas também em Ogaden, ou região Somali, que faz fronteira com Afar e Oromia.
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