Estados Unidos cancelam tarifas sobre produtos farmacêuticos britânicos
- 02/12/2025
Segundo avança a AFP, o governo norte-americano adiantou que o acordo visa garantir que "os doentes americanos não pagam preços exorbitantes pelos seus medicamentos para subsidiar a assistência médica noutros países desenvolvidos", afirmou o representante comercial da Casa Branca, Jamieson Greer, em comunicado.
O aumento de preço aplica-se aos novos medicamentos considerados "inovadores" e às compras feitas pelo serviço público de saúde do Reino Unido (NHS).
De acordo com o comunicado da Casa Branca, Londres comprometeu-se também a não compensar este aumento de preço com reduções de preço noutros produtos nos catálogos das empresas farmacêuticas.
Em troca, Washington cancela as tarifas sobre os produtos farmacêuticos do Reino Unido, teoricamente aplicadas desde o início de outubro, tal como aos provenientes do resto do mundo, e compromete-se a não impor novas tarifas no futuro.
"Os americanos não deveriam ter de suportar os preços mais elevados do mundo para medicamentos que eles próprios ajudaram a financiar", disse o secretário da Saúde, Robert Kennedy Jr., em comunicado.
Os preços dos medicamentos nos EUA são dos mais elevados do mundo, ultrapassando os praticados pelos seus vizinhos e na Europa.
De acordo com um estudo da Rand Corporation, os americanos pagam, em média, 2,5 vezes mais por medicamentos prescritos do que os franceses, por exemplo --- uma diferença que Donald Trump prometeu eliminar.
O presidente norte-americano ameaçou repetidamente com uma possível tarifa de 100% sobre todos os medicamentos patenteados importados, a menos que as empresas farmacêuticas construíssem fábricas nos Estados Unidos.
Várias empresas farmacêuticas, incluindo a AstraZeneca e a Pfizer, assinaram acordos de investimento nos EUA em troca de uma moratória sobre as importações dos seus produtos, enquanto os seus investimentos se concretizam.
Anunciadas no final de setembro, as tarifas sobre os produtos farmacêuticos entraram em vigor em outubro e prevê-se que atinjam gradualmente os 100%.
No entanto, as tarifas foram imediatamente suspensas para permitir a continuidade das negociações com as empresas farmacêuticas e outros países.
A União Europeia (UE) não é afetada, uma vez que o acordo comercial entre Bruxelas e Washington estipula que os produtos europeus não podem ser tributados em mais de 15%.
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