Embaixador da UE convocado pela Tunísia por "desrespeito de regras"
- 26/11/2025
O Presidente tunisino manifestou ainda ao interlocutor rejeição pelo "recurso a práticas fora dos quadros oficiais reconhecidos pelos costumes diplomáticos".
Na segunda-feira, Perrone reuniu-se com Noureddine Taboubi, responsável do principal sindicato tunisino, a UGTT - que ameaçou recentemente uma greve geral para obter aumentos salariais - e elogiou o "importante papel" da organização "na promoção do diálogo social e do desenvolvimento económico" na Tunísia, de acordo com um comunicado da delegação europeia em Tunes.
A UGTT, um dos laureados com o Prémio Nobel da Paz de 2015 pelo contributo para a democratização da Tunísia após a revolução de 2011 e a queda do Presidente Zine El Abidine Ben Ali, afirma ter mais de 700.000 membros.
O diplomata europeu "reafirmou o compromisso de continuar o diálogo com a UGTT e de continuar a apoiar a Tunísia nas frentes social e económica, em diversos setores", segundo a mesma fonte.
Por seu lado, o secretário-geral da UGTT apelou ao reforço e ao desenvolvimento da cooperação entre a Tunísia e a União Europeia.
Na semana passada, Taboubi presidiu a uma reunião da UGTT onde manifestou apoio a várias greves em curso no setor privado, que reivindicam aumentos salariais.
O responsável elogiou o sucesso de uma greve geral que teve lugar na cidade de Sfax (centro-leste da Tunísia) e ameaçou organizar em breve uma grande greve nacional: "A organização caminha para uma greve geral para defender as conquistas materiais e sociais dos trabalhadores face às dificuldades diárias."
Taboubi denunciou "uma queda do poder de compra" dos tunisinos face às "precárias condições de vida em termos de transportes, saúde e doenças", defendendo "o seu direito a se sindicalizarem e se defenderem", para obterem "um salário digno, ao qual atualmente não têm acesso".
O salário mínimo na Tunísia é de aproximadamente 520 dinares (150 euros) por uma semana de trabalho de 48 horas. A taxa de inflação continua muito elevada, principalmente para os produtos alimentares. Recentemente, voltou a alcançar cerca de 5%, após ter atingido um pico de 10% em 2023.
[Notícia atualizada às 08h34]
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