Elevador da Glória. "Há responsabilidade da Carris e de quem a tutela"

  • 21/10/2025

Alexandra Leitão reagiu, na manhã desta terça-feira, aos resultados do relatório preliminar do acidente com o Elevador da Glória, em Lisboa, divulgados na segunda-feira.

 

Para a socialista, as conclusões do relatório preliminar da tragédia do dia 3 de setembro, que arrastou 16 pessoas para a morte, são "de uma gravidade extrema".

Além da questão do cabo 'irregular', a ex-candidata lembra que o relatório aponta "um conjunto enorme de outras falhas, falhas gravíssimas", como o facto da manutenção ser feita a "olho nu" e que muitas coisas não eram encontradas.

"Portanto, este relatório é gravíssimo e demonstra que este gravíssimo e trágico acidente podia ter sido evitado se não tivesse havido descuido e negligência", atira, acrescentando que, "a partir do momento que há um acidente com 16 mortos e 20 feridos num equipamento público, que é responsabilidade de uma empresa municipal, que é a Carris, tem de haver esclarecimento, apuramente e efetivação de responsabilidade até ao mais ínfimo detalhe".

Mas Alexandra Leitão vai mais longe. "Digo com todas as letras: não há possibilidade de manutenção, pelo menos do presidente de administração da Carris. Está completamente quebrada a relação de confiança, quer com os lisboetas, quer com até com o próprio gabinete".

Passa-culpas e demissão de dirigente intermédio "não é suficiente"

"O passa-culpas do conselho da Administração de agora para o anterior e a demissão de um dirigente intermédio não é suficiente e não vai ao encontro da gravidade que o relatório aponta", realça, em declarações à SIC Notícias na manhã desta terça-feira.

Revela ainda Alexandra Leitão que "os vereadores do PS na Câmara de Lisboa perguntaram se todas as verificações tinham sido feitas, se havia um sistema de qualidade de verificação da manutenção e a resposta que a Carris deu na altura foi que sim e agora, o que este relatório vem dizer, é que não".

Por isso, perante estes dados, a socialista considera que "é preciso apurar até ao fim a responsabilidade administrativa, técnica e política" do descarrilamento do ascensor.

Quanto a Carlos Moedas, que disse ontem que ficou provado neste relatório preliminar que a responsabilidade é técnica e não política, Alexandra Leitão lembra que "nunca é um político que empurra ou estraga propositadamente o equipamento". A responsabilidade política "é outra coisa, é um responsável político que tem uma empresa municipal que revela falhas gravíssimas de funcionamento e isso sim justifica a responsabilidade política".

Assim, na opinião da antiga ministra da da Modernização do Estado e da Administração Pública, "não há condições para a administração da Carris continuar porque está quebrada uma relação de confiança, antes de mais, com os lisboetas e, se a Câmara Municipal de Lisboa não vê isso está a não apurar responsabilidades".

Além de defender que este acidente "podia ter sido evitado", Alexandra Leitão, realça que o mesmo "envergonhou o país" e não podemos "chegar à conclusão que a culpa morre solteira".

"Há responsabilidade da Carris. Há responsabilidade de quem tutela a Carris", conclui.

Recorde-se que, no passado da 3 de setembro, o Elevador da Glória descarrilou, provocando um acidente que resultou em 16 mortos e mais de duas dezenas de feridos. Entre as vítimas estão portugueses e estrangeiros de várias idades.

Leia Também: Elevador da Glória: Passa-culpas mas "nenhum português aceita impunidade"

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/politica/2874274/elevador-da-gloria-ha-responsabilidade-da-carris-e-de-quem-a-tutela#utm_source=rss-ultima-hora&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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