Distúrbios no Bangladesh após condenação à morte da ex-primeira-ministra
- 18/11/2025
MA maioria destas manifestações é de apoia à sentença e os manifestantes pedem a execução da ex-primeira ministra, encontrando-se entre os feridos agentes da polícia.
A residência do pai de Hasina, o político Seij Muyibur Rahman, na capital, Daca, foi um dos pontos mais conflituosos, já que até este local deslocou-se uma multidão que pretendia realizar uma demolição simbólica do edifício, informa o diário 'Dhaka Tribune'.
Os manifestantes dirigiram-se a Dhanmondi, 32, com duas máquinas escavadoras e altifalantes, nos quais proclamavam a sua intenção de derrubar partes da casa de Rahman que ainda estavam de pé, uma vez que foi incendiada após a fuga de Hasina do país.
As forças de segurança tinham isolado a área, mas quando os manifestantes tentaram ultrapassar as barricadas houve cargas policiais com cassetetes e lançamento de granadas de som para os dispersar. Também estavam presentes militares.
Noutros pontos da capital e noutras cidades ocorreram incêndios intencionais e detonações. Cerca de 50 veículos foram incendiados, principalmente autocarros.
Em Gpalganj, os manifestantes cortaram a autoestrada Daca-Julna e incendiaram pneus antes de fugirem quando chegou a Polícia.
Em Moulvibazar, várias árvores foram derrubadas para bloquear a estrada Rajnagar-Fenchuganj-Sylhet.
Entretanto, o primeiro-ministro interino do Bangladesh, Muhammad Yunus, realçou que a sentença demonstra que "ninguém está acima da lei" e reconheceu que para as vítimas é "insuficiente".
"A condenação reafirma um princípio fundamental: ninguém está acima da lei, independentemente do poder que tenha", afirmou Yunus num comunicado publicado nas redes sociais.
"Este veredicto faz justiça de forma vital, embora insuficiente, aos milhares de afetados pela revolta de julho e agosto de 2024 e às famílias daqueles que ainda suportam a perda (...), reconhece o seu sofrimento e confirma que o nosso sistema judicial se baseia na prestação de contas", acrescentou.
Yunus apontou a Hasina a responsabilidade por "dar a ordem de usar força letal contra jovens e crianças, cuja única arma era a sua voz, o que vai contra a nossa lei e contra o vínculo mais básico entre governo e cidadãos" e colocou a necessidade de "reconstruir os alicerces democráticos destruídos por anos de opressão".
O dirigente apelou à "coragem e humildade" do Bangladesh para superar os desafios que surgirem. "Continuaremos em frente com respeito pelo estado de direito, pelos direitos humanos e pelo potencial de cada pessoa", conclui.
Hasina foi declarada culpada pela morte de seis manifestantes desarmados em Daca às mãos da polícia, em agosto do ano passado durante os protestos, bem como por ordenar aos agentes utilizar força letal contra os manifestantes.
Pode ver as imagens dos distúrbios na galeria acima.
Leia Também: ONU lamenta condenação à morte da ex-primeira-ministra do Bangladesh





.jpg)





















































