Discurso de ódio cresceu com última campanha eleitoral na Guiné-Bissau
- 19/12/2025
A posição foi tornada pública pelo presidente da Organização Não-Governamental (ONG), na abertura, em Bissau, do Fórum Nacional sobre o Discurso de Ódio Online e Offline, em declarações consultadas pela Lusa nas redes sociais.
"O período eleitoral deixou de ser um exercício democrático saudável para se transformar num campo de batalha verbal, protagonizado por atores políticos e cidadãos", observou Bubacar Turé ao abordar os dados de um relatório de monitorização do discurso de ódio no país.
A Guiné-Bissau teve eleições legislativase presidenciais em novembro, mas os resultados não foram divulgados devido a um golpe militar de 26 do mesmo mês.
O fórum, que decorre na Casa dos Direitos, analisa os resultados da monitorização do discurso de ódio 'online' e 'offline' entre os meses de setembro e novembro em toda a Guiné-Bissau.
O presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos indica que as plataformas Facebook e tiktok não são os principais palcos de mensagens de hostilidade, de insultos e outros ataques que potenciam o ódio entre os cidadãos.
De acordo com Bubacar Turé, no relatório aponta-se para "números inquietantes", nomeadamente que 54% das manifestações de ódio na Guiné-Bissau baseiam-se em divisão étnica, 20% em questões motivadas pela religião e 13% por questões do género.
No relatório destaca-se ainda que 59% dos discursos de ódio registados entre setembro e novembro foram classificados como de gravidade moderada e 11% representam ameaças sérias à paz e à segurança pública.
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