"Devem ouvir que morreu". Tudo sobre ataque da filha a José Manuel Anes
- 21/10/2025
José Manuel Anes, antigo presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT), foi esfaqueado, na tarde de segunda-feira, dia 20 de outubro, na sua residência. A filha de Anes é a principal suspeita da tentativa de homicídio e encontra-se sob custódia da Polícia Judiciária (PJ). Mas afinal, o que aconteceu?
Na segunda-feira, pelas 13h54, "um carro de patrulha da 1.ª Divisão do Comando Metropolitano de Lisboa da Polícia de Segurança Pública (PSP) foi acionado para a Rua Quirino da Fonseca, em Lisboa, por haver notícia de agressões alegadamente de uma filha ao própria pai", confirmou a PSP ao Notícias ao Minuto.
Também várias testemunhas informaram ter visto uma mulher, "alegadamente familiar da vítima", a sair de casa, "sendo que, temendo pela integridade física" do homem, uma testemunha entrou na residência.
Assim, a testemunha deparou-se com José Manuel Anes, de 81 anos, "prostrado no solo ensanguentado" e disse ter "conhecimento do histórico de violência doméstica" entre a vítima e a alegada agressora.
"A vítima tinha vários ferimentos e lacerações no abdómen, mãos e pernas, aparentemente provocados por um objeto cortante. Apresentava ainda hematomas nos olhos provocados pelos dedos da suspeita", acrescenta a PSP.
O homem de 81 anos foi transportado de ambulância pelos Bombeiros Sapadores do Beato e Penha de França para o Hospital de São José, onde deu entrada pelas 14h50 - quase uma hora depois do incidente.
Segundo a descrição policial, a vítima apresentava "vários ferimentos e lacerações no abdómen, mãos e pernas, aparentemente provocados por um objeto cortante", bem como "hematomas nos olhos provocados pelos dedos da suspeita".
E a filha? Está "sob custódia" da PJ
Pelas 21h00 de segunda-feira, a Polícia Judiciária (PJ) adiantou, em comunicado, que a principal suspeita de ter esfaqueado José Manuel Anes - uma mulher de 40 anos - estava "sob custódia".
"Está sob custódia da Polícia Judiciária (PJ) a principal suspeita da prática do crime de homicídio tentado, ocorrido esta tarde, em Lisboa, e que vitimou José Manuel Anes, antigo presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT)", pode ler-se.
As publicações da filha nas redes sociais
Pelas 13h25, a filha de José Manuel Anes, Ana Rawson, partilhou várias publicações na rede social Facebook a falar do pai.
"O meu paizinho hoje está 'on fire'. Finalmente, ao fim de quatro anos, entrei na casa da Carla Pinheiro e ele, entre mordidelas, arranhões - o velho está ainda arrogante - a chamar-me p**** e a dizer que me odeia. Lá disse que tinha uma fortuna paga ao longo dos anos pela Mossad numa conta em nome da Carla Pinheiro", disse.
Cerca de meia hora depois, escreveu: "Acho que deixei o meu pai José Anes sem olhos, mas devem ouvir dizer que ele morreu pacificamente. A mossad sabe limpar cenas (não se esqueçam da dentadura da parte de cima que voou). Da parte de baixo tiro fotos. O animal era tinhoso, mas disse coisas interessantes sobre Camarate."
E acrescentou: "P.S.: Carla Pinheiro nunca vi tanta m**** junta. Caixotes de marca e nunca vi uma casa onde a dona não vivesse. Vamos a cultursintra. Se me negarem a entrada são cúmplices... (de uma data de coisas que ainda não me ocorrem. Paz à sua alma)".
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