Corina Machado só vai à Noruega receber Nobel se Maduro deixar o poder.
- 13/10/2025
"Enquanto Maduro estiver no poder, não posso deixar o lugar onde estou escondida porque há ameaças diretas contra a minha vida", disse Machado, em entrevista ao jornal norueguês Dagens Naeringsliv.
Na sexta-feira, María Corina Machado recebeu o Prémio Nobel da Paz 2025 "pelo seu trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos do povo venezuelano e pela sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia", segundo o Comité Norueguês do Nobel, sediado em Oslo.
A líder da oposição destacou que, para ir a Oslo, a Venezuela precisa de ser livre.
"Aprendi a viver o dia-a-dia, e o povo venezuelano está a fazer tudo o que pode" pelo seu futuro, acrescentou a líder política.
Machado disse no domingo que receber o prémio "tem um impacto muito importante tanto para os venezuelanos como para o próprio regime".
A opositora disse ainda que, com o prémio, percebeu que o mundo reconhece que a luta contra o regime do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, é legítima.
De acordo com Machado, o líder venezuelano Maduro "está absolutamente isolado e tem os dias contados".
Desde 2024 que a vencedora do Prémio Nobel da Paz reivindica aquilo que insiste ter sido a vitória do líder da oposição Edmundo González, nas eleições presidenciais de 28 de julho desse ano.
Atualmente, Edmundo González está exilado em Espanha.
Para María Corina Machado e para a maior coligação da oposição, a Plataforma Democrática Unitária, Edmundo González foi o vencedor das eleições, apesar de o órgão eleitoral, controlado pelas autoridades do governo, ter declarado Maduro reeleito.
Leia Também: Nobel da Paz. Maduro chama "bruxa demoníaca" a María Corina Machado